A Óleo e Gás Participações (ex- OGX), petroleira de Eike Batista, pagou a primeira das parcelas que estavam em atraso nos campos de Atlanta e Oliva, na Bacia de Santos, dentro do prazo contratual, segundo a empresa informou ontem ao Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor. As demais parcelas, ainda segundo a empresa, serão pagas "da mesma forma".
A Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP), operadora do bloco BS-4, onde estão Atlanta e Oliva, informou em novembro que a OGX deixou de honrar três chamadas de aporte de recursos, entre novembro e dezembro, para o bloco, somando um total de R$ 73 milhões. Caso não cumpra com os compromissos com o consórcio, a petroleira de Eike Batista pode perder o contrato, considerado internamente pela empresa como um dos mais valiosos. Para Atlanta, são estimados 260 milhões de barris recuperáveis. Já para o campo de Oliva, a expectativa é de 62 milhões de barris.
Procurada ontem, a QGEP preferiu não comentar o tema. A OGX também informou ao Valor PRO que já entregou os documentos solicitados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde a empresa explica que tem condições financeiras para honrar todos os contratos de concessão já assinados com a agência até agora.
Consultada ontem se recebeu os documentos da OGX, a agência reguladora informou apenas que não teve tempo suficiente para preparar uma resposta, o que será feito hoje.
A solicitação dos documentos foi feita pelo regulador após denúncias da QGEP de que a OGX estaria inadimplente. A Superintendência de Desenvolvimento e Produção (SDP) da ANP deu 15 dias para a OGX se defender das acusações e provar que está apta para cumprir os todos os contratos já assinados. O prazo começou a contar a partir da data de notificação, em 20 de dezembro.
A OGX é a maior acionista do BS-4, com 40% de participação. Suas sócias nesse ativo são a QGEP, operadora com parcela de 30%, e a Barra Energia, com 30%.
A QGEP informou em comunicados passados ao mercado, que a empresa e sua sócia no BS-4, a Barra Energia, vão cumprir compromissos que eventualmente deixem de ser pagos pela petroleira de Eike. O ativo é considerado muito valioso por todas as sócias do bloco BS-4.
Fonte: Valor Econômico/Marta Nogueira | Do Rio
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