Uma experiência piloto, que vem sendo desenvolvida em Sergipe pelo Sebrae-SE e Petrobras, ainda não tem data para ser implantada no Espírito Santo, mas já começou a ser discutida, no Estado, por técnicos das duas instituições. Trata-se de um programa voltado para Empreendedores Individuais que se regularizaram. Agora, esses microempresários poderão se tornar fornecedores da Petrobras. A ideia nasceu no município de Divina Pastora (SE).
O objetivo é inserir os micros e pequenos negócios na cadeia produtiva de petróleo e gás. Uma das ações do programa é o incentivo à formalização do público-alvo de Empreendedores Individuais, com a abertura de oportunidades para o segmento.
Trabalhadores como pedreiro, sapateiro, costureira, borracheiro, pintor, pipoqueiro, chaveiro, serralheiro, montador de esquadria, podador de árvore, carroceiro e barqueiro, entre outros, num total de 36, foram relacionados pelos técnicos da estatal. Esses empreendedores poderão passar a fornecer seus serviços para o setor petrolífero, a partir da regularização da atividade como Empreendedor Individual.
“Essa foi uma categoria criada dentro da Lei da Micro e Pequena Empresa, a partir das alterações realizadas na legislação. É um passo importante para garantir oportunidade, também a esses profissionais, no segmento de petróleo”, explica o gerente de políticas públicas do Sebrae nacional, Bruno Quick. Segundo ele, o programa poderá chegar a outros Estados, a partir da formalização dos Empreendedores Individuais.
O Empreendedor Individual abrange mais de 400 atividades desenvolvidas por pequenos empresários, por conta própria. Em Sergipe, eles já participaram de seminários e oficinas sobre a formalização da atividade.
Desde abril, eles recebem orientação, do Sebrae, sobre como empreender, calcular custos e preços de venda de produtos e serviços e gestão do negócio. Além disso, eles receberão informações sobre noções básicas de segurança industrial, especialmente primeiros socorros e uso do equipamento de proteção individual.
Estatal assina acordo com a Arábia Saudita
A Petrobras informou ontem que assinou acordo com a empresa Modern Mining Holding Company Limited para avaliar a construção de uma fábrica de coque calcinado de petróleo, matéria prima para a indústria de alumínio, na Arábia Saudita. Segundo as projeções iniciais, o projeto terá investimentos de US$ 450 milhões, com início de operações no segundo semestre de 2012. A produção será de 700 mil toneladas por ano. O projeto faz parte de acordo assinado entre as duas empresas em 2009.
Guilherme Estrella fala de pré-sal
O significado do pré-sal, sua dimensão estimada nas áreas já licitadas e a perspectiva de produção nos próximos anos. Esse será o tema da palestra do diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme de Oliveira Estrella, durante almoço que o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-ES) promove hoje, às 12 horas, no Cerimonial Itamaraty, em Vitória.
Estrella vai abordar as oportunidades para o Brasil e para o Espírito Santo ligadas à exploração e produção de petróleo, com ênfase no pré-sal. Também estará em discussão o novo marco regulatório para o segmento de petróleo no Brasil, encaminhado ao Congresso pelo governo federal, e que atualmente está em tramitação no Senado.
O palestrante também vai destacar a matriz energética mundial e o papel do petróleo diante das demandas ambientais. Outro ponto da palestra será a oportunidade que o pré-sal oferece ao Brasil em termos de expansão industrial, da engenharia brasileira e do mercado de trabalho, contribuindo assim para o desenvolvimento nacional.
“Energia é um bem estratégico para todas as nações que querem um projeto soberano e a melhoria da qualidade de vida. O petróleo continua sendo, e se manterá nas próximas dezenas de anos, como a fonte energética de grande utilidade e aplicação na sociedade. Discutir o destino de uma reserva como a do pré-sal é, portanto, uma oportunidade que os brasileiros têm de discutirem o seu futuro”, destacou o diretor Estrella.
Fonte: A Gazeta (Vitória)/Denise Zandonadi
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