O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou ontem que a previsão de investimento da estatal de petróleo para 2011 está mantida em R$ 93 bilhões, valor que pode oscilar 10% para cima ou para baixo.
O investimento da companhia no primeiro trimestre deste ano foi menor do que nos três primeiros meses de 2010. Gabrielli afirmou, no entanto, que a perspectiva é de recuperação nos próximos trimestres.
Sobre a demora na apresentação do plano de negócios para o período de 2011 a 2015, Gabrielli afirmou que ela se deve à complexidade do planejamento, que envolve 679 projetos de mais de US$ 25 milhões cada um e mais de 3 mil abaixo desse valor.
A revisão de um plano desses envolve o trabalho de mais de duas mil pessoas, que têm que avaliar projeto a projeto, comentou.
Segundo com Gabrielli, a maior parte dos investimentos está prevista para o pós-sal, em refinarias, fertilizantes e infraestrutura.
O presidente da Petrobras também afirmou que a estatal vai participar de leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de termelétricas movidas a gás natural, mas não deu detalhes sobre a estratégia a ser usada na disputa.
O executivo disse ainda que o Brasil não vai precisar importar gasolina até o fim do ano. "Nos próximos meses não teremos pressão de demanda muito grande, então não precisaremos importar", disse.
Segundo Gabrielli, a demanda por gasolina no mercado interno cresceu 19% em 2010. No primeiro trimestre deste ano, a demanda subiu muito pouco, quando ainda foi necessário importar o combustível, e "aparentemente está crescendo menos no segundo trimestre", de acordo com ele.
Gabrielli afirmou que o crescimento na demanda de combustível no primeiro trimestre do ano foi causada pela alta no preço do álcool, que estava em entressafra. Com a safra, ele afirma que o álcool deve recuar e parte dos consumidores deve deixar de optar pela gasolina.
De acordo com o presidente da Petrobras, a produção brasileira de combustível está em plena capacidade, o estoque é baixo e a decisão de importar é feita no curto prazo, com base na avaliação diária do consumo.
Fonte: Valor Econômico/Luciana Seabra | De São Paulo
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