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Petroleiras ampliam aportes para acompanhar Petrobras

As grandes petroleiras estrangeiras com planos de investir no pré-sal brasileiro estão sendo obrigadas a rever seus investimentos no país. Puxadas pelo pesado plano de investimentos da Petrobras para a bacia de Santos, as companhias estão elevando projeções e buscando formas de financiar seus projetos.

Recentemente, a companhia espanhola Repsol fez uma operação para se capitalizar vendendo parte dos ativos no Brasil para a chinesa Sinopec. Ontem, a inglesa BG anunciou que vai triplicar os investimentos previstos há poucos meses, que eram de US$ 10 bilhões. E a portuguesa Galp vai capitalizar a subsidiária Petrogal em € 2 bilhões com a emissão de novas ações.

O presidente do conselho de administração do BG Group, Sir Robert Wilson, anunciou ontem, em Brasília, após encontro com a presidente Dilma Rousseff, que o grupo pretende investir US$ 30 bilhões no Brasil até o fim desta década. Segundo ele, até o momento, a empresa - parceira da Petrobras na exploração de campos do pré-sal - já investiu aproximadamente US$ 5 bilhões. O grupo também pretende construir um "centro tecnológico global", no Rio de Janeiro, firmando parcerias com institutos e universidades de diversos pontos do país. O investimento neste instituto, que deverá ficar pronto nos próximos anos, é de US$ 1,5 bilhão.

Para Robert Wilson, o Brasil é um parceiro estratégico. "Até 2020, 30% de nossa produção virá do Brasil", calculou ele. Por isso, o executivo acredita ser cada vez mais importante que a sede da empresa no Reino Unido entenda como funciona o Brasil.

Wilson acredita que o volume de investimentos no Brasil possa ultrapassar os US$ 30 bilhões, pois a empresa inglesa pretende participar de negócios além do pré-sal. "Pretendemos participar da próxima rodada de licitação que envolvem oportunidades de exploração fora da camada pré-sal, que deve acontecer até o fim do ano", afirmou. O executivo acredita que a BG terá capacidade de aumentar o volume de investimentos no Brasil sem a necessidade de ampliar a sua capacidade de endividamento, apenas utilizando recursos próprios da companhia.

O presidente do conselho de administração da BG minimizou ainda as divergências existentes entre a empresa e a Petrobras na avaliação feita nos três campos de exploração localizados na Bacia de Santos. Para Wilson, esta é apenas uma questão de "timming" para ser equacionada. "A diferença entre a avaliação feita por nós e pela Petrobras é meramente filosófica", disse.

A BG avaliou a existência de 10,8 bilhões de barris recuperáveis nos campos e inclui este valor em seu balanço. A Petrobras, contudo, operadora do processo de exploração e a quem cabe dar a resposta final sobre o assunto, avaliou a existência de 5 bilhões a 8 bilhões de barris recuperáveis. "Naquela época nós fizemos uma revisão das estimativas para cima e fomos obrigados, com isso, a abrir os nossos mercados futuros", declarou.

Já no caso da Galp, a capitalização faz parte do plano de negócios divulgado para investidores do Rio de Janeiro. A Galp planeja investir até € 5 bilhões até 2015, sendo entre € 1,2 bilhão e € 1,5 bilhão este ano, e os outros € 3,5 bilhões entre 2012 e 2015. Os campos de Lula e Cernambi, os primeiros com sua comercialidade já declarada no pré-sal da Bacia de Santos, vão receber 45% do investimento dos próximos quatro anos, o equivalente a € 1,575 bilhão.

Fonte: Valor Econômico/Paulo de Tarso Lyra e Juliana Ennes | De Brasília e do Rio






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