Após o preço do petróleo cair 56% no último ano, o ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, disse neste domingo que um encontro da Opep, que reúne os principais produtores do mundo, poderia ser “eficaz” para deter a queda nos preços, já que o barril fechou cotado na última sexta-feira a US$ 45,46, aproximando-se das cotações de 2009, quando a crise financeira internacional abalava as economias em todo o mundo.
— O Irã (um dos principais produtores do mundo) apoia uma reunião de emergência da Opep — disse Zanganeh.
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No início deste mês, a Argélia, outro grande produtor de petróleo, também defendeu uma reunião de emergência na Opep para discutir o assunto. Porém, assegurou que não há data marcada.
Até o momento, a próxima reunião seria no dia 4 de dezembro. Segundo as regras da Opep, um encontro extraordinário pode ser marcado se a maioria simples dos 12 países membros do cartel votarem a favor. Segundo fontes, países da África e a Venezuela também seriam a favor de uma reunião, já que suas economias vêm sofrendo com a queda nos preços da commodity.
Porém, dizem analistas, há resistência da Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo. Desde o ano passado, os membros da Opep, liderados pela Arábia Saudita, iniciaram um movimento (mantendo sua produção em alta) para permitir a queda nos preços como forma de minar a produção de petróleo e gás não convencionais dos Estados Unidos.