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Segunda fase avança

Obras do complexo de Barra do Furado, no norte fluminense, atingiram 40% em setembro >> As obras do complexo logístico da Barra do Furado, no norte fluminense, atingiram 40% em sua segunda etapa, iniciada em abril de 2014. Em setembro, 86 metros dos 230 metros do prolongamento do molhe sul já estavam concluídos. A previsão é que o terminal de serviços e logística e do estaleiro de reparo entrem em operação no começo de 2016. O complexo propriamente dito deve ficar pronto no primeiro semestre de 2015. A BR Offshore Investimentos e Participações, responsável pelo empreendimento, obteve licença prévia e aguarda a conclusão do projeto executivo. A terceira e última etapa será a dragagem e deve durar até seis meses.

 


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O presidente da BR Offshore, Ricardo Vianna, destaca que Barra do Furado está a apenas quatro quilômetros ao norte de onde entram os principais gasodutos e oleodutos da Bacia de Campos. “É a situação em terra mais próxima do centro de massa da Bacia de Campos. Como a produção continua elevada e já começou a ter exploração do pré-sal, existe demanda por atividade de apoio offshore muito concentrada nessa bacia. Já a Bacia de Santos também vai experimentar uma expansão extremamente importante”, projeta Vianna.

O complexo terá um terminal de apoio offshore com cerca de 490 mil metros quadrados e 650 metros de cais linear, além de um estaleiro de reparo naval desenhado especificamente para manutenção e reparo de embarcações de apoio offshore. “Estamos atentos e nos qualificando para participar de todas essas novas licitações ou contratações de Petrobras e outras petroleiras privadas que também têm atividade grande na região”, revela Vianna.

Ele conta que o conceito básico do complexo logístico da Barra do Furado foi revisto e adequado para atender às demandas de embarcações de apoio offshore que cresceram entre a primeira concepção do projeto (2005-2006) e o início de 2012, quando foi feita a licitação e o começo das obras. Vianna diz que o complexo de Barra do Furado possui competitividade nas bacias de Campos e Espírito Santo, além do norte da bacia de Santos. Por questões de distância marítima, outras bases localizadas na Baía de Guanabara têm mais competitividade para demandas de serviços no centro e no sul da Bacia de Santos.

Vianna acredita que a dragagem deve durar, no máximo, seis meses. O serviço ampliará a profundidade do canal existente, que ficará com os mesmos 150 metros de largura operacional. Na segunda fase da dragagem, a profundidade ficará em 11 metros no canal oceânico até bacia de evolução e nove metros no canal interno. Hoje, a profundidade média do canal interno está em quatro metros e em seis metros no canal oceânico.

Segundo Vianna, já foram feitos testes das bombas que funcionam como dragagem fixa. Ele explica que a areia dragada de um lado do molhe é transportada para o outro lado do molhe, por meio de uma bomba de alta pressão que bombeia o material por dutos, por baixo do canal. “Isso assegura que a areia continua o caminho dela, não sendo interrompida pelo molhe”, resume Vianna.

Ele destaca que as obras em Barra do Furado vão aproveitar uma estrutura já existente. O canal das Flechas foi construído em 1940 e os enroncamentos foram feitos na década de 1980. Vianna afirma que o custo de operação e manutenção do canal será baixo, se comparado com outros projetos greenfiled que exigem investimentos elevados.

O estaleiro foi desenhado para manutenção e reparo de embarcações de apoio offshore. O centro de manutenção e reparos navais da Barra do Furado terá 118 mil metros quadrados e utilizará tecnologia shiplift, que permite colocar barcos desse porte em seco com prazo e custos reduzidos. Inicialmente, a ideia é começar com quatro vagas em seco e, na segunda fase, aumentar em duas vagas, totalizando seis docas secas para posicionar simultaneamente seis embarcações de apoio offshore. O sistema foi projetado para embarcações com até 95 metros de comprimento, 26 metros de boca e cinco mil toneladas.

O custo total do complexo é da ordem de R$ 480 milhões, sendo R$ 300 milhões a serem investidos no terminal de apoio. O estaleiro obteve prioridade do Fundo da Marinha Mercante (FMM), no valor de R$ 188 milhões. Formada em 2010, a BR Offshore Investimentos e Participações S.A. é uma holding de investimentos que tem sócios da Aggrego Consultores, com a participação da Aspen Solutions e da BSN Administração e Participações.

No momento, o Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) está validando os projetos de engenharia de Barra do Furado, fazendo simulações de navegação, impacto de onda, além de testes de estabilidade dos enroncamentos e arranjo dos molhes para proteger das ondas e assoreamento, visando assegurar navegabilidade sem problemas.

O órgão, ligado à Secretaria de Portos (SEP), possui modelo matemático e está finalizando modelo tridimensional para ter toda a modelagem em escala reduzida do que pode vir a acontecer com diferentes tipos de regimes de onda que vêm sendo estudados nos últimos cinco anos. “Temos históricos de onda, de vento, de corrente. Tudo isso é levado para esse modelo reduzido no INPH”, destaca.

O complexo já possui acesso rodoviário. A partir do município de Campos (RJ), várias rodovias estaduais e municipais estão sendo ampliadas. A prefeitura da cidade investirá no acesso ao entorno da Barra do Furado para segregar trânsito de carretas pesadas e veículos de passageiros. As vias atuais ficarão destinadas aos passageiros, enquanto novas vias de três a quatro quilômetros farão trânsito de carretas.






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