O Brasil é uma das dez maiores economias do mundo, mas recente estatística o coloca em 56º lugar em eficiência na economia e, em termos de logística, pode-se ver claramente que muito precisa evoluir, afirmou Christian Meyer, da Lufthansa. A empresa aérea, através da Lufthansa Consulting, pretende vender tecnologia também para a área portuária.
Para Meyer, os portos precisam acompanhar o que ocorre em aeroportos. Lembrou que, em aeroportos, há sempre união de esforços e também um sentimento de se dar prioridade para as carências mais urgentes. Admitiu que, embora aeroportos sejam mais eficientes, só levam 2% das cargas transoceânicas de exportação brasileiras, cabendo 98% aos portos e aos navios.
Elias Gedeon, da consultora Notre Dame, critica a Lei dos Portos de 2013. Afirma que trouxe mais concentração de poder no governo, até para decisões de pequeno alcance, criticou a morosidade na aprovação de novos terminais e lembrou que, ao retirar poder do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), a nova lei colocou o Brasil na contramão do mundo, pois em todo lugar os usuários são prestigiados e, no Brasil, tiveram sua força diminuída.
Como exemplo negativo da nova lei, cita que um empresário privado, para investir em seu próprio terreno, tem de disputar esse direito com um outro grupo privado. Declarou que não será surpresa se a nova lei gerar uma infinidade de ações na morosa justiça brasileira. Segundo Gedeon, o governo está agindo errado, ao enviar, previamente, os contratos para exame pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “O governo deveria lançar os contratos e, depois, se quisesse, o TCU que apresentasse suas críticas ao sistema”, comentou.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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