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Sete Brasil poderá abrir capital em até 4 anos, diz Previ

RIO - A Sete Brasil, empresa criada para construir o primeiro lote de sete sondas de perfuração que serão feitas pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS) para uso da Petrobras, poderá abrir o capital num universo de três a quatro anos. A expectativa é de Wanderley Rezende, gerente de investimentos estratégicos da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

A instituição aprovou ontem a entrada no Fundo de Investimento em Participações (FIP) que tem uma fatia na Sete Brasil. Rezende explicou que o fundo de pensão vai aportar até R$ 150 milhões na empresa ou o equivalente a 25% do FIP, teto permitido pela legislação.

"Esperamos que em três ou quatro anos, dependendo do mercado, poderemos ter o lançamento de ações dessa empresa", frisou Rezende, que participou do Oil & Gas Outlook Brasil 2011, no Rio de Janeiro.

O executivo acrescentou que a participação em private equity poderá ser uma saída tanto para os fundos de pensão, quanto para as empresas do setor de petróleo que precisarão se capitalizar para financiar os investimentos necessários para acompanhar o boom do segmento.

Rezende disse que a Previ tem uma limitação para investimentos em private equity, uma vez que tem entre 64% e 65% dos recursos investidos em renda variável, para um limite de 70% da legislação. Segundo ele, outros fundos como Funcef, da Caixa Econômica Federal; Valia, da Vale; e Petros, da Petrobras; têm menos exposição em renda variável e poderão aumentar essa fatia ao longo dos próximos anos, principalmente em um cenário de juros cadentes no longo prazo, quando os fundos de pensão terão que diversificar investimentos para garantir a rentabilidade necessária.

"Os fundos de pensão precisam de mais retorno e precisam melhorar os investimentos em private equity", destacou Rezende.

Rezende não vê apenas a Sete Brasil com um possível IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações) no futuro, mas também diversas outras companhias do setor de óleo e gás.

"O mercado de capitais precisa de mais empresas na bolsa neste setor", ponderou.

Rezende não quis dizer se a Sete Brasil poderá participar de outras negociações para construção de sondas de perfuração para a Petrobras ou se a estatal continuará comandando o processo de negociação. Além das sete já contratadas, a petroleira espera adquirir mais 21 construídas em estaleiros do país.

(Fonte:  Valor Econômico/Rafael Rosas |)






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