Para ajudar a empresa a melhorar o problema de superlotação e longa espera nos períodos de rush, o governo do Estado desapropriou dois catamarãs da Empresa Transtur (Jumbo Cat I e II), mas ainda não há previsão de quando eles começarão atravessar a Baía. O promotor da 3ª Promotoria de Defesa do Consumidor e do Contribuinte, Carlos Andresano, vai analisar 190 reclamações recebidas, esse ano, contra a empresa.
Hoje (26) haverá reunião entre vereadores de Niterói e representante da Barcas. Operando ccom um catamarã a menos, terça-feira (24), não houve filas e o embarque transcorreu normalmente, porque a concessionária solicitou aos usuários que evitassem os horários de maior movimento, das 7h30 às 8h30, já que a frota estava reduzida. O transporte foi feito por três catamarãs e duas barcas convencionais. O catamarã Ingá II ficou fora de operação e só retornará após inspeção da Capitania dos Portos.
O promotor Carlos Andresano aguarda documentos que foram solicitados à Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio (Agetransp), à Secretaria Estadual de Transportes e à Capitania dos Portos. Diante das recentes reclamações dos usuários, o promotor está acompanhando os novos episódios e vai analisar as 190 reclamações recebidas pela Agetransp de janeiro a junho deste ano.
"Solicitei a Agetransp, no prazo de 90 dias, o relatório das investigações que estão sendo realizadas sobre o acidente da última segunda-feira. Também vamos averiguar todas as reclamações já registradas", afirmou o promotor.
O Ministério Público cobrou o cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado em 2007, para melhorar o serviço prestado ao usuário. Caso se comprove o mau serviço prestado pela concessionária, a Barcas S/A terá que pagar uma multa diária de R$ 5 mil.
A Barcas S/A informou que a operação de terça-feira foi normal com saídas a cada 10 minutos na linha Niterói-Praça XV no período da manhã. Até às 10h, cerca de 24 mil passageiros foram transportados no trajeto. Em comparação ao mesmo período da semana passada – quando aproximadamente 24,7 mil usuários fizeram a travessia – foi registrada uma pequena redução de menos de 3%.
Ainda segundo a assessoria, a empresa vai operar com frota reduzida entre 7h e 10h de hoje e não terá viagens extras. O tempo estimado de acesso à estação, durante esses horários, deve ser de 30 minutos. Por não contar com embarcações para reposição, a linha Praça XV-Niterói-Praça XV funcionará com apenas três catamarãs sociais, de 1.300 lugares, e duas barcas tradicionais, de 2 mil lugares cada.
Governo desapropria dois catamarãs
O Governo do Estado desapropriou dois catamarãs da empresa Transtur (Jumbo Cat I e II), que estavam parados desde 2008 no estaleiro Transnave. O principal objetivo é melhorar o transporte entre Rio e Niterói, já que as embarcações aumentam a oferta para passageiros que fazem a travessia entre as duas cidades diariamente. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado de terça-feira.
Os catamarãs são mais rápidos do que as embarcações da Barcas S.A e comportam 420 pessoas. Mas apesar da diferença no transporte, que oferece mais conforto ao usuário, o preço da passagem deve ser mantido. A assessoria de imprensa da Barcas informou que a empresa não ia se pronunciar sobre o assunto e não pode informar quando as novas embarcações vão entrar em operação.
Recordando
A embarcação Ingá II partiu com atraso de 30 minutos da Praça XV com destino a Niterói, às 7h50 de segunda-feira, com 376 passageiros a bordo e apresentou pane elétrica durante a viagem. No acidente, 16 passageiros e dois funcionários ficaram feridos. A Capitania dos Portos abriu inquérito para apurar o caso. O catamarã ficou a deriva e o comandante teve que realizar uma manobra de emergência, levando a embarcação a atracar nas pedras próximo ao Shopping Bay Market.
Fonte:O São Gonçalo
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