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Campanha sobre animais asfixiados com plásticos no mar será exposta em Cannes

A campanha “Torture”, com imagens impactantes de animais marinhos sendo asfixiados com sacos plásticos, será exposta no Festival de Publicidade de Cannes (Cannes Lions 2019), que acontece de 17 a 21 de junho, na França. A peça, criada pela Tribal São Paulo em parceria com a DDB Guatemala para a Sea Shepherd, foi reconhecida pela Act Responsible, entidade sem fins lucrativos que promove ações da indústria publicitária em prol de questões sociais e de sustentabilidade. Nesta edição do festival serão apresentadas 81 campanhas, vindas de 30 países, abordando temas como educação, direitos humanos, meio ambiente e solidariedade.

O  conjunto de anúncios que mostram animais sendo asfixiados por sacos plásticos no fundo do mar vem com a mensagem de que “O plástico que você usa uma vez tortura os oceanos para sempre”. A Sea Shepherd, que encomendou a campanha, é uma das principais ONGs internacionais focadas na conservação dos seres marinhos. “A campanha teve como objetivo mostrar, por reprodução em 3D extremamente realista, como o descarte impróprio do plástico pode ter consequências terríveis nos oceanos. É um enorme prazer ver esse trabalho reconhecido por uma das entidades mais relevantes do mercado com esse viés, além de ter destaque durante o maior encontro sobre criatividade do mundo, em Cannes”, destacou Carlos Fonseca, co-presidente da Tribal São Paulo. 

A poluição marinha foi um dos assuntos do 15º Seminário Nacional sobre Indústria Marítima e Meio Ambiente (Ecobrasil 2019), realizado pela Revista Portos e Navios, em parceria com a Cisporto Consultoria. Na ocasião, o professor titular do departamento de oceanografia biológica da Universidade de São Paulo (USP), Alexander Turra, alertou que aproximadamente 90% do lixo monitorado em praias e restingas no litoral brasileiro são constituídos de resíduos plásticos. Ele lembrou que o objetivo 14 da plataforma desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) estabelece a meta de, até 2025, prevenir e reduzir significativamente a poluição marinha, especialmente a gerada a partir de ambientes terrestres.


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Pesquisadores estimam que 80% da poluição ligada ao lixo no mar têm origem no lixo terrestre e 20% vêm de atividades realizadas no mar. Independente de seus potenciais efeitos, os mais evidentes são o lixo flutuante e esgoto doméstico, enquanto os menos aparentes incluem desde metais pesados e anti-incrustantes até fármacos e derivados de petróleo. Segundo um relatório preparado pela Fundação Ellen MacArthur (2016), se nenhuma providência mais efetiva for tomada, estima-se que em 2050 haja mais itens plásticos no mar que peixes.






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