Dados frescos provenientes de um relatório da consultora global Clarkson Research Services: apesar da frota comercial mundial ter crescido uns exponenciais 60% face aos dados de 2008, a verdade é que a pegada de carbono desceu 18% nesse mesmo intervalo de tempo.
Segundo o mais recente relatório da Clarkson Research Services, o o consumo de combustível e a produção de carbono da frota mundial são hoje mais baixos (aproximadamente 820 milhões de toneladas de carbono) do que no ano de 2008 (aproximadamente 1.000 milhões de toneladas), apesar de, actualmente, ser movimentada mais carga (cerca de 35%) e existir mais 60% de tonelagem nos mares de todo o mundo.
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A que se deve, então, esta conclusão? A uma combinação de factores, salienta a consultora: o principal motivo, releva, foi a descida da velocidade, praticada pelos navios (entre 15% a 20%), também conhecida como slow steaming. Aliada a este factor está o surgimento, em força, de uma nova geração de navios, munida de uma eficiência energética maior, e, consequentemente, um perfil ecológico mais amigo do Ambiente.
Ao avaliar a tonelagem mundial de 2019, a Clarkson Research Services conclui que cerca de 30% da mesma é já composto por navios que se aproximam do cariz eco-friendly, um facto que, denota a empresa, conduziu a uma redução de 29% nas emissões de carbono. Um navio capesize mais ecológico, reforça a Clarkson, produz cerca de 85 toneladas de carbono por dia em comparação com cerca de 112 toneladas para um não ecológico.
Segundo as directrizes da Organização Marítima Internacional (IMO), o transporte marítimo foi incumbido de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2050 em comparação com os níveis de 2008. Para 2020, espera-se já uma revolução no paradigma energético do Shipping, com a entrada em vigor das limitações de enxofre presente nos combustíveis – o valor máximo permitido será de 0,5%.
Fonte: Revista Cargo / Portugal