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Diretor da Antaq defende maior utilização do modal hidroviário, durante seminário de logística na Câmara dos Deputados

Ao participar da abertura do Seminário Gestão de Transportes e Logística, na manhã de terça-feira (23), na Câmara dos Deputados, o diretor-geral em exercício da ANTAQ, Tiago Lima, pediu um maior aproveitamento do modal hidroviário, que atualmente responde por apenas 12% da matriz brasileira de transportes.

O encontro é uma iniciativa da Frente Parlamentar Mista para o Fortalecimento da Gestão Pública, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Administração e a Escola de Administração Fazendária – ESAF, e reúne especialistas, representantes de instituições públicas e privadas do setor, empresários e parlamentares em torno da discussão de soluções para os gargalos que impactam a competitividade da agricultura, indústria e mineração do país.

Segundo Lima, as vantagens do modal hidroviário sobre os modais rodoviário e ferroviário, especialmente no transporte de grandes volumes de cargas, em longas distâncias, estão fartamente comprovadas em estudos técnicos e acadêmicos. “Uma única composição de barcaças substitui centenas de caminhões ou vagões ferroviários, conferindo menores custos logísticos, menor impacto ambiental, menor depreciação de infraestrutura viária, menor incidência de acidentes e perdas humanas e econômicas”, afirmou.

O diretor-geral em exercício da ANTAQ destacou “a significativa e crescente” mobilização de esforços e recursos voltados ao planejamento do setor de transportes no país. “Dois desses instrumentos – o Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH) e o Plano Geral de Outorgas Hidroviárias (PGO-H) – são de iniciativa da Agência e têm permitido ao setor hidroviário produzir e dispor de um maior volume de informações atualizadas e precisas sobre o transporte de cargas em vias interiores, o transporte de passageiros e cargas na região amazônica e medir a extensão das hidrovias economicamente utilizadas”, observou.

Lima destacou ainda o aumento das dotações orçamentárias voltadas para o setor, alocadas no âmbito dos Programas de Aceleração do Crescimento (PAC 1 e PAC 2). Contudo, lembrou que o desenvolvimento das hidrovias requer, além da implementação efetiva do planejamento, a realização dos investimentos previstos no PNLT (Plano Nacional de Logística e Transportes), a integração multimodal nos portos da navegação interior, o fomento da navegação interior junto aos usuários, a eliminação dos gargalos que impedem a navegação durante o ano inteiro nas bacias hidrográficas brasileiras e a construção e implantação de eclusas nas barragens para transposição dos níveis dos rios e respeito ao uso múltiplo das águas como ação em favor do desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Palestras

À tarde, os superintendentes de Navegação Interior e de Navegação Marítima e de Apoio, Adalberto Tokarski e André Arruda, participaram, na Escola de Administração Fazendária, do painel de debates que reuniu, ainda, a secretária de Fiscalização de Obras Ferroviárias do Tribunal de Contas da União, Juliana Pontes, e o superintendente de Gestão e Estudos Hidroenergéticos da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, Odenir José dos Reis.

Arruda fez uma apresentação sobre as vantagens e desafios da navegação de cabotagem. Em 2011, o setor transportou 133 milhões de toneladas, que representou um avanço de 2% sobre o ano anterior. De acordo com o superintendente de Navegação Marítima e de Apoio da ANTAQ, existe um potencial de captação de R$ 11,5 bilhões de cargas conteinerizáveis para transporte pela cabotagem.

Já o superintendente de Navegação Interior, Adalberto Tokarski, fez uma apresentação sobre os avanços e entraves das hidrovias brasileiras. Tokarski detalhou os estudos “Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH)” e “Plano Geral de Outorgas Hidroviárias (PGO-H)”, realizados em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, em andamento, e o levantamento sobre o transporte de passageiros e cargas na Amazônia, realizado em conjunto com a Universidade Federal do Pará, já concluído.

Esse último trabalho vai mostrar o percentual de homens e mulheres, o objetivo das viagens, insumos que servirão para formulação de políticas públicas na região, o número de embarcações existentes em cada estado, a idade da frota e suas condições. A movimentação nas hidrovias brasileiras cresceu 7% em 2011 com relação a 2010.

A ESAF também sedia uma exposição sobre as atividades desenvolvidas pelos diversos órgãos e instituições do setor de logística de transportes. A ANTAQ está presente com um estande, onde disponibiliza publicações, estudos e estatísticas sobre o setor aquaviário.

O seminário e a exposição se encerraram ontem (24).

Fonte: Antaq






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