O armador K Line separou e capturou com sucesso o CO2 do gás de exaustão de um navio, utilizando uma usina de captura. A embarcação, o “Corona Utility”, operado pela pelo armador para a Tohoku Electric Power, baseou o projeto CC-Ocean, que conta com uma planta de captura de CO2 a bordo, como parte de uma pesquisa para o avanço das tecnologias de recursos marinhos. Esse estudo é uma cooperação entre o estaleiro Mitsubishi e a Classe NK.
Como resultado do teste, o CO2 capturado apresentou pureza superior a 99,9%, o que está em linha com o desempenho planejado.
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No início de agosto, a planta de captura de CO2 em pequena escala foi testada e acompanhada por especialistas da Mitsubishi. Desde meados de setembro, a tripulação do navio está conduzindo a operação, medição e manutenção da planta, e continuará a avaliar a segurança e a operabilidade do equipamento.
Os projetos-piloto que exploram a possibilidade de utilizar a tecnologia de captura de carbono a bordo de navios estão fazendo um grande progresso para a descarbonização. Embora especialistas do setor questionem a praticidade do uso da captura de CO2 a bordo de navios, os primeiros testes relatam sucessos com o potencial da tecnologia, que pode estar disponível comercialmente em dois ou três anos.
Wärtsilä e Solvang
A Wärtsilä Exhaust Treatment e a Solvang ASA, uma empresa de transporte marítima norueguesa, também desenvolvem em uma instalação piloto de captura e armazenamento de carbono. O sistema será usado em um dos navios de etileno da Solvang. A Wärtsilä projeta a unidade adaptada enquanto completa um sistema de teste baseado em terra. A unidade terrestre será concluída ainda este ano. As empresas esperam instalar o sistema piloto no navio até 2023.
“A captura e armazenamento de carbono é um desenvolvimento empolgante que temos orgulho de apoiar e acreditamos fortemente que essa tecnologia pode ser uma chave importante para descarbonizar a frota de alto mar do mundo”, disse Edvin Endresen, CEO da Solvang ASA.
“Unir forças com a Solvang para construir e modernizar uma tecnologia CCS comercialmente viável demonstra à indústria que estamos a apenas dois ou três anos de trazer ao mercado outra ferramenta vital para o kit de ferramentas de descarbonização do transporte marítimo”, disse Sigurd Jenssen, diretor da Wärtsilä Exhaust Treatment.
Além do projeto com a Solvang e do dimensionamento de sua unidade de teste Moss CCS, a Wärtsilä anunciou recentemente que está se associando ao consórcio LINCCS para dimensionar e criar tecnologias e infraestrutura de captura de carbono. O consórcio recebeu recentemente mais de US$ 13 milhões em financiamento para pesquisa e desenvolvimento.