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Maersk firma parcerias para viabilizar produção de metanol verde em escala até 2025

A expectativa é que as organizações envolvidas possam fornecer até 730 mil toneladas de combustível verde por ano

Para viabilizar a produção em escala de metanol verde, a A.P. Moller - Maersk anunciou parcerias estratégicas com seis empresas líderes com a intenção de produzir 730 mil toneladas de e-metanol por ano até 2025. As empresas envolvidas no acordo são CIMC ENRIC, European Energy, Green Technology Bank, Orsted, Proman e WasteFuel.


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Com essa capacidade de produção, a Maersk alcançará muito além do metanol verde necessário para os primeiros 12 navios porta-contêineres neutros em carbono, encomendados pelo grupo dinamarquês.

A CEO do departamento de Fleet & Strategic Brands da Maersk, Hallberg Thygesen, disse que “para fazer a transição para a descarbonização é necessária uma aceleração significativa e oportuna na produção de combustíveis verdes”.

“O metanol verde é a única solução pronta para o mercado e escalável disponível hoje para envio. A produção deve ser aumentada por meio da colaboração em todo o ecossistema e em todo o mundo. É por isso que essas parcerias representam um marco importante para iniciar a transição para a energia verde. Henriette”, afirma Thygesen.

Uma vez totalmente desenvolvido, o projeto para produzir combustível verde em escala permitirá que a Maersk obtenha o combustível em diversas partes do mundo.

Green Technology Bank (China)

O Green Technology Bank (GTB) foi criado em 2016 pelo governo chinês, com objetivo de cumprir a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. A organização visa fortalecer a integração de tecnologia e finanças, acelerar a transformação tecnológica, impulsionar a realização das metas de desenvolvimento sustentável e explorar um modelo de desenvolvimento verde.

O GTB facilitará o desenvolvimento de projetos de biometanol na China, junto a outros desenvolvedores de projetos a serem identificados. O primeiro projeto possui capacidade para produzir 50 mil toneladas por ano a partir de 2024, enquanto o segundo projeto tem capacidade de produção de 300 mil toneladas/ano, em data de início a ser determinada.

O presidente do GTB, Junhao Zhu, declarou que estará em estreita colaboração com a Maersk para alcançar o desenvolvimento sustentável. “Colaboraremos com nossos parceiros, integraremos recursos técnicos e financeiros de modo a estabelecer instalações na China para produzir metanol verde à Maersk. Acreditamos que isso também contribuirá para reduzir a dependência da China de importações de energia, como petróleo e gás natural liquefeito (GNL). O metanol verde produzido dependerá inteiramente dos recursos disponíveis na China”.

Orsted (Dinamarca)

A Orsted é uma empresa global de energia renovável com atividades em energia eólica onshore, energia solar fotovoltaica, Power-to-X e eólica offshore, segmento no qual a empresa é líder mundial. A Orsted, tem a ambição estratégica de instalar 50 gigawatts de capacidade de energia renovável até 2030.

Em parceria com a Maersk na jornada de descarbonização do setor logístico, a Orsted desenvolverá um projeto de e-metanol nos Estados Unidos que terá capacidade para produzir 300 mil toneladas por ano a partir de 2025. A A.P. Moller - Maersk pretende vender todo o volume produzido.

O vice-presidente executivo e diretor comercial da Orsted, Martin Neubert, destaca que “a indústria marítima enfrenta um desafio, onde a oferta e a demanda de combustíveis verdes terão que evoluir em paralelo para garantir rapidamente um desenvolvimento sustentável de combustíveis de emissão zero”.

“A Orsted está muito satisfeita com a parceria com a A.P. Moller - Maersk para enfrentar esse desafio, ampliando a produção de combustível verde junto com um líder da indústria no setor marítimo”, completa Neubert.

Proman (Suíça)

Sediada na Suíça, a Proman é uma empresa integrada de energia, líder global em metanol, fertilizantes e outros produtos, como a melamina. A companhia está comprometida em desenvolver metanol e amônia sustentáveis como alternativas mais limpas aos combustíveis fósseis, oferecendo um caminho para reduzir as emissões na geração de energia, no transporte e na indústria.

A Proman terá como objetivo fornecer à Maersk de 100 a 150 mil toneladas por ano de metanol verde. O projeto será construído com previsão de início de operação em 2025, produzindo biometanol a partir de resíduos florestais não recicláveis e resíduos sólidos urbanos.

O CEO da Proman, David Cassidy, afirma que “o compromisso com o metanol verde está totalmente alinhado com a crença da Proman de que o combustível deve ser uma parte fundamental da transição energética”.

“Estamos empolgados em trazer nossa profunda experiência no setor para ajudar a cumprir as ambições ousadas da Maersk, destacando a viabilidade do metanol como combustível marítimo e trabalhando juntos para fornecer metanol verde e transporte limpo em escala global”, analisa Proman.

WasteFuel (Estados Unidos)

A WasteFuel é uma startup sediada na Califórnia que aborda a emergência climática, transformando resíduos não recuperados em combustíveis sustentáveis por meiode tecnologias comprovadas.

A empresa estabeleceu parcerias estratégicas com companhias e fornecedores de tecnologia para desenvolver projetos de biorrefinaria e garantir que os aspectos ambientais e comerciais de cada projeto sejam atendidos com segurança, eficiência e economia. A Maersk Growth, braço de venture capital do grupo dinamarquês, investiu na empresa em 2021.

No momento, a WasteFuel está desenvolvendo um projeto de biometanol na América do Sul, que produzirá mais de 30 mil toneladas por ano a partir de 2024. A Maersk pretende vender todo o volume produzido.

O cofundador, presidente e CEO da WasteFuel, Trevor Neilson, destacou a primeira frota neutra em carbono encomendada pela A.P. Moller - Maersk. “O pedido da Maersk de 12 navios - cada um com capacidade para 16 mil contêineres - que podem ser movidos a metanol verde é um ato de liderança sem precedentes na resposta corporativa à emergência climática”

“Esses navios precisam de combustível e o WasteFuel está pronto para fornecê-lo, aumentando constantemente o volume nos próximos anos”, conclui Neilson.






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