O Navio Veleiro Cisne Branco estará em visita ao Porto de Maceió no período de 18 a 21 de maio. A embarcação da Marinha do Brasil retrata uma cópia fiel dos mais rápidos veleiros do século XIX - os lendários “Clippers”. Durante sua estadia, o Cisne Branco, comandado pelo capitão-de-mar-e-guerra Renato Batista de Melo, estará aberto à visitação pública na quinta, 19.
Batizado de Navio Veleiro (NVe) “Cisne Branco”, teve sua construção baseada nos projetos dos últimos "Clippers" do século XIX. O nome “Clipper” deriva do verbo inglês “To Clip”, que significa mover-se rapidamente. Foi usado genericamente, para batizar uma casta de embarcações longas e estreitas, inventadas no século passado, com missão de superar a lentidão das antigas embarcações com propulsão à vela. A abertura do Canal de Suez e o advento dos vapores - lentos, mas economicamente vantajosos, representaram uma sentença de morte para os “Clippers”. Ele já estava virando peça de museu (o lendário “CUTTY SARK”, por exemplo, até hoje permanece conservado numa doca em Greenwich, na Inglaterra, onde pode ser visitado), quando foi salvo pela paixão de um amador e iatista sueco, chamado MIKAEL KRAFT, que mandou ressuscitar a tecnologia “Clipper” num estaleiro de Langerbrugge, na Bélgica.
Foi construído em Amsterdã, Holanda, sobre a supervisão da Marinha do Brasil. Com 76 metros de comprimento, 32 velas e 52 tripulantes, tem capacidade de embarcar até 31 tripulantes em treinamento.
A concepção de construção e emprego de um navio de treinamento mudou consideravelmente, principalmente devido aos avanços de tecnologia e sofisticação nos navios de guerra. Os navios veleiros "Guanabara", até 1962, e "Almirante Saldanha", até 1964, foram os últimos que navegaram com a bandeira brasileira.
O “Cisne Branco” foi construído baseado na idéia de que tivesse todos os sistemas de tecnologia avançada, realizando, porém, todas as manobras de convés e vela exatamente como ocorriam no século XIX, mantendo assim as mais antigas tradições de marinharia. Laboram suas velas cerca de 18 km de cabos, manobrados manualmente em trabalho de equipe, faina de elevado conteúdo profissional que preserva as antigas tradições dos heróicos e históricos veleiros.
Em 2000, o NVe “Cisne Branco” participou das comemorações relativas aos 500 anos de descobrimento do Brasil, realizando a travessia do Oceano Atlântico exatamente como Pedro Álvares Cabral havia feito. Além de ser um dos motivos para a aquisição do navio, foi um bom exemplo de como o navio pode ser utilizado para desenvolver e promover as tradições navais brasileiras.
O NVe “Cisne Branco” também é utilizado para o treinamento de todo o pessoal em formação na Marinha do Brasil, principalmente os Aspirantes da Escola Naval. Também podem embarcar alunos das Escolas de Formação de Oficiais da Marinha Mercante.
Apesar de toda a tecnologia empregada na Marinha moderna, a essência da marinharia continua a ser requisito fundamental para aqueles que têm o mar como ambiente de trabalho. A bordo do NVe “Cisne Branco” as mais diversas atividades relativas à vida no mar são desenvolvidas. Manobras de vela, tarefas nos conveses, navegação e marinharia são somente algumas delas. A constante interação com a natureza ensina aos tripulantes em treinamento a respeitar o mar e também lhes dá a confiança que só os que já o enfrentaram podem ter. Os exercícios de subida na mastreação exercitam a capacidade de vencer desafios e reforçam a auto-estima. Os trabalhos nos conveses e as fainas nas vergas ensinam o valor do trabalho em equipe e a importância em desenvolver a confiança no companheiro.
VISITAÇÃO PÚBLICA
O Navio estará aberto à visitação pública gratuita no dia 19 (quinta-feira), no período das 14 às 17 horas.
Fonte:Marinha do Brasil
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