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Novas barragens no Tietê preocupam ambientalistas

A decisão do governo paulista de construir cinco barragens num trecho de 200 km do Rio Tietê, entre Anhembi e Salto, na região de Sorocaba, preocupa ambientalistas. As obras são necessárias para ampliar a hidrovia Tietê-Paraná, mas as barragens com eclusas também serão usadas para gerar energia. O governo diz que o impacto ambiental será baixo. O Comitê de Bacias Hidrográfica do Sorocaba e Médio Tietê vai acompanhar a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental. A preocupação é de que a redução na velocidade do rio possa retardar o processo de despoluição das águas.

Para realizar os estudos, o Departamento Hidroviário (DH), órgão vinculado à Secretaria Estadual dos Transportes, e a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), ligada à Secretaria de Saneamento e Energia, assinaram convênio no valor de R$ 2,4 milhões. Os novos estudos visam o uso múltiplo das águas, com o aproveitamento do trecho Anhembi-Salto do Tietê, para geração de energia, navegação e contenção de cheias. Com duração de 15 meses, o convênio prevê uma conexão entre hidrovia e ferrovia em Salto. A hidrovia, que hoje possui 650 quilômetros no trecho paulista, chegará a 850 quilômetros navegáveis.

A expansão possibilitará o transporte de cargas como soja, milho, álcool e cana pelo rio até uma distância de 100 quilômetros da capital. As eclusas vão permitir a passagem das embarcações. O prefeito de Salto, Geraldo Garcia (PDT), diz acreditar que o impacto econômico na região será positivo. "Esse trecho do rio é propício para a navegação e não haverá prejuízo ambiental, ao contrário, esperamos incrementar o turismo".

A ambientalista Malu Ribeiro, da SOS Mata Atlântica, vê risco de agravar a poluição com a eliminação das corredeiras, responsáveis pela oxigenação das águas. "Por isso, fomos contra a construção de duas barragens no trecho entre Salto e Cabreúva". A entidade vai exigir que a compensação ambiental pelas obras inclua a recuperação da mata ciliar no trecho, que se encontra degradada. "Sem mata ciliar, o rio sofre assoreamento e a navegação também fica prejudicada", disse Malu.


Fonte: Agência Estado/JOSÉ MARIA TOMAZELA
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