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Os ricos ainda dividem o mundo entre si

Os países desenvolvidos aparecem na grande imprensa como se fossem baluartes da abertura e da democracia, mas a história não é bem assim. Ao comprar a portuguesa TAP, o brasileiro – filho de norte-americanos – David Neeleman teve de se limitar a 49,9%. Os 51,1% que dão controle tiveram, por lei, de ficar com uma empresa da União Européia, no caso, a portuguesa Barraqueiros. No Brasil, se for imposta uma cláusula desse tipo, dirão que a medida é antiquada e condenada pelas agências de classificação de risco. Na navegação, por exemplo, uma empresa 100% estrangeira, que abrir filial no Brasil, terá direito igual às brasileiras, incluindo o poder de ocupar o lugar de unidades estrangeiras na cabotagem. Ainda na navegação, o americano John’s Act impõe que só operem na cabotagem de lá empresa locais, tripuladas por yankees, em navios construídos em seus –caros- estaleiros.

Recém-saído do Banco Mundial, o irrequieto Paulo Nogueira Batista Júnior disse que norte-americanos e europeus mandam no mundo. Brasileiros que ocupam diretorias no Bird ficam em segundo plano ou então são tratados como iguais se aceitarem as regras do jogo impostas pelas potências desde a colonização. Os piores exemplo de exibição de poder dos ricos se dão na ONU, em Haia e na questão nuclear. Na ONU, há casos de condenações por 200 a 10 na Assembléia Geral, que ficam sem valor por um veto americano no Conselho de Segurança. Aliás, os americanos denunciam estrangeiros em todo o mundo e os levam para a Corte de Haia, mas seus cidadãos estão livres desse atropelo. Se um brasileiro e um americano entrarem em um evento em Londres e atirarem a esmo, o brasileiro irá para Haia e o americano será levado para casa. Por fim, a questão nuclear – Tratado de Tlatelolco - é o maior dos absurdos do planeta. Quem já tem bomba, pode ficar com elas e se impor no mundo, enquanto os outros países têm de declarar que jamais tentarão fazer tais armas. O Brasil levou tão a sério a ordem colonialista que a colocou em sua Constituição.

Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta






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