As receitas do Canal de Suez, no Egito, caíram quase para metade em janeiro, à medida que os ataques dos rebeldes Houthi a navios comerciais forçaram as principais companhias de navegação a buscarem rota alternativa.
A receita da hidrovia caiu no mês passado para US$ 428 milhões, em comparação com os US$ 804 milhões obtidos em janeiro de 2023. A informação é de Osama Rabie, presidente da Autoridade do Canal de Suez, em entrevista ao canal de televisão egípcio ON TV.
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O número total de navios que passaram pelo Canal de Suez no mês passado caiu para 1.362, uma queda de 36% em relação aos 2.155 navios que navegaram no canal em janeiro de 2023.
Militantes Houthi no Iémen começaram a atacar navios comerciais em outubro em solidariedade com os palestinos na guerra Israel-Gaza, e não mostram sinais de recuar, apesar dos EUA e aliados ocidentais terem tentado dissuadir o grupo apoiado pelo Irã com ataques aéreos.
Muitas companhias marítimas desviaram os seus navios para longe do Mar Vermelho para evitar os ataques, optando pela rota mais longa e mais cara em torno do Cabo da Boa Esperança, no extremo sul de África.
O Canal de Suez é a rota marítima mais curta entre a Ásia e a Europa. Com cerca de 12% do tráfego marítimo mundial passando por ela.