RIO - O diretor executivo de ferrosos e estratégia da Vale, José Carlos Martins, espera que os navios Valemax - supergraneleiros com capacidade para transportar até 400 mil toneladas de minério - possam aportar na China a partir do ano que vem. Martins também revelou, em entrevista em Londres, que a mineradora poderá ter em 2013 um centro de distribuição na China.

Atualmente, a Vale tem 18 navios em operação e a expectativa é chegar a 35 no ano que vem.

O diretor afirmou que há pelo menos seis portos na China capazes de receber um centro de distribuição da companhia nos seus arredores. Atualmente, como os Valemax não estão autorizados a aportar no país asiático, a companhia utiliza centros de distribuição em países do continente para levar o minério até a China e outros clientes na região.

Martins também frisou que o projeto da Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), que está em construção no Ceará, não deverá ter risco de mercado, uma vez que os sócios - as sul-coreanas Posco e Dongkuk têm, juntas, 50% do empreendimento - se comprometem a comprar parte da produção de placas.

Além disso, em comparação com a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), construída na zona oeste do Rio de Janeiro em parceria com a alemã ThyssenKrupp, a CSP está sendo erguida em um momento econômico melhor, segundo Martins.

“Esse projeto está sendo desenvolvido em momento em que moeda brasileira passa por período diferente. Na CSA, teve forte valorização da moeda, o que comprometeu o projeto”, disse Martins.

Fonte: Valor Econômico/Rafael Rosas e Vera Saavedra Durão

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