A Diretoria da ANP aprovou nesta quinta-feira (1) resolução que revisa o Padrão ANP2B, que estabelece os procedimentos para formatação e entrega de dados multifísicos ao Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP) da Agência, até então regulado pela Resolução ANP nº 09, de 2005.
A revisão buscou simplificar o processo e adaptar a norma às novas tecnologias, aos padrões técnicos internacionais e às melhorias de infraestrutura e gestão de dados implementadas no BDEP. Além disso, com a revisão do Padrão ANP2B, a ANP contribui para a transformação digital no setor de petróleo, gás natural e bicombustíveis no Brasil.
PUBLICIDADE
Os dados multifísicos, em se tratando do segmento de exploração e produção (E&P), são os dados geofísicos não-sísmicos. Suas tecnologias estão associadas aos métodos de aquisição e processamento de dados gravimétricos (gravimetria), magnetométricos (magnetometria), eletromagnéticos, magnetotelúrico, transiente eletromagnético, batimetria de multifeixe (multibeam), perfilagem de subfundo e fluxo de calor, entre outros.
São dados utilizados para integrarem as pesquisas exploratórias junto ao método sísmico. A partir dessa integração, é possível identificar feições estruturais e estratigráficas de uma bacia sedimentar para maximizar as possibilidades de sucesso na locação e perfuração de um poço. Em alguns casos, os dados eletromagnéticos são utilizados para auxiliar também no imageamento do pré-sal e em monitoramento de reservatórios petrolíferos.
De forma geral, as empresas que geram esses tipos de dados são comumente conhecidas como empresas de aquisição e processamento de dados (EADs). No entanto, as operadoras (concessionárias de E&P) são consideráveis participantes neste setor. Em outras situações, universidades e instituições de pesquisa também realizam trabalhos que geram e consomem dados técnicos multifísicos.