Refinaria será controlada pela Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a gestão, e será operada com suporte da Petrobras como prestadora de serviços durante a transição
O Mubadala Capital e a Petrobras concluíram, nesta terça-feira (30), a transferência do controle da Refinaria de Mataripe (anteriormente denominada RLAM) para a Acelen. O contrato de venda foi firmado em março deste ano, e a transferência do controle foi concluída após o cumprimento das condições precedentes previstas.
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A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação, assumirá, a partir de 1º de dezembro, a gestão da Refinaria de Mataripe e seus ativos logísticos relacionados. A Acelen afirma em nota que continuará a abastecer o mercado de derivados de petróleo regional e "assume o compromisso de fomentar investimentos, gerar novas oportunidades de negócios e estimular o desenvolvimento da Bahia e do Brasil".
“Esta nova fase trará oportunidades de crescimento e mais investimentos para que a refinaria aumente a sua capacidade e diversifique a sua produção. O nosso objetivo é criar valor. É gerar uma concorrência positiva para atender o mercado local e beneficiar a sociedade”, destaca Oscar Fahlgren, presidente do Mubadala Capital no Brasil.
A Acelen nasce com capacidade de processar mais de 300 mil barris de petróleo por dia, o que corresponde a 14% da capacidade total de refino do Brasil. Adicionalmente, a Acelen é responsável pela maior produção industrial da Bahia.
Contratadas pela Acelen, Petrobras e Transpetro prestarão serviços relacionados à operação da refinaria e seus ativos logísticos para garantir uma transição sem risco de rupturas.
“Nos últimos meses, a Acelen se preparou para essa transição, mapeando todos os processos operacionais e toda a cadeia de abastecimento. A empresa valoriza a experiência dos colaboradores da Petrobras, e espera contar com todo o time que está na linha de frente da operação após o fim do contrato com a Petrobras”, diz Luiz de Mendonça, CEO da Acelen.
Localizada no distrito de Mataripe, em São Francisco do Conde, e inaugurada em 1950, a RLAM foi a primeira refinaria nacional, e representa um marco econômico e industrial no país. Atualmente é segunda maior do Brasil, com a maior capacidade instalada para produção de gasolina, diesel e outros derivados de petróleo das regiões Norte e Nordeste.
São 26 unidades de processamento, quatro terminais e 201 tanques de armazenamento, além de 669 quilômetros de dutos que interligam a refinaria com os terminais portuários. A unidade produz mais de 30 produtos, entre eles diesel, gasolina, querosene de aviação (QAV), asfalto, nafta petroquímica, gases petroquímicos (propano, propeno e butano), parafinas, lubrificantes, GLP e óleos combustíveis (industriais, térmicas e bunker).
A refinaria possibilitou ainda o desenvolvimento do primeiro complexo petroquímico planejado do Brasil e maior complexo industrial do Hemisfério Sul, o Polo Industrial de Camaçari, formado por mais de 90 empresas.