A Petrobras investirá US$ 16 bilhões no plano de renovação da Bacia de Campos, com previsão de instalar três novas plataformas e interligar mais de 100 poços na área, nos próximos cinco anos. Com mais de 40 anos de história e dois prêmios recebidos pela Offshore Technology Conferece (OTC) pelos avanços tecnológicos nos campos Marlim (1992) e Roncador (2001), a Bacia de Campos mantém posição de destaque como polo de inovação e aponta para o futuro: hoje é palco do maior projeto de revitalização da indústria offshore mundial. A afirmação é do gerente executivo de Estratégia da Petrobras, Eduardo Bordieri, que apresentou, nesta terça-feira (3), os principais investimentos da companhia para a área, durante a Offshore Technology Conference (OTC).
Nos próximos anos, a Petrobras vai adotar novas tecnologias para revitalização de ativos maduros na área e descomissionamento de suas plataformas de petróleo. “Em 2021, a Bacia de Campos respondeu por cerca de 25% da produção total da Petrobras. A companhia projeta alcançar, em 2026, um volume de 900 mil barris de óleo equivalente (boe) naquela bacia, com a entrada em produção de três novos sistemas. Esse volume representa cerca de três vezes a produção que atingiríamos se não tivéssemos investido nas novas plataformas. Ou seja: sem os novos projetos, nossa produção futura na bacia seria de 300 mil boe”, explicou Bordieri
Três novas plataformas previstas até 2026
A Petrobras prevê instalar três novas plataformas do tipo FPSO (sistemas flutuantes de produção, armazenagem e transferência de petróleo) na região nos próximos anos. Os FPSOs "Anita Gabribaldi" e "Anna Neri" serão instaladas no campo de Marlim e terão capacidade de produzir juntas até 150 mil barris por dia (bpd). A terceira unidade prevista é a Maria Quitéria, em Jubarte, no complexo do Parque das Baleias, na porção capixaba da Bacia de Campos, com capacidade de 100 mil bpd.
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A bacia acumula uma série de resultados expressivos. Para se ter ideia, a Petrobras bateu, ali, recorde nacional no tempo de construção de um poço em águas profundas, alcançando a marca de 35 dias, no campo de Marlim, na Bacia de Campos. Para efeito de comparação, o recorde anterior no país foi de 44 dias, batido em 2021 no campo de Golfinho, na Bacia do Espírito Santo. Já em Marlim, a média histórica nos últimos 20 anos na construção de poços era de 93 dias, indicando uma redução de 63% nesse prazo. “Esse desempenho demonstra nossa resiliência econômica em projetos de poços, além de nosso avanço tecnológico em novos modelos de poços, mais rápidos e otimizados que os convencionais”, disse Bordieri.
De acordo com seu Plano Estratégico 2022-2026, a Petrobras tem a ambição de acrescentar um volume de 20 bilhões de boe às suas reservas, até 2030, sendo 5 bilhões de boe oriundos dos ativos operados pela Petrobras na Bacia de Campos. Essa projeção é foco do programa estratégico chamado RES-20, totalmente voltado para ampliação das reservas da companhia.