A Petrobras pretende incorporar 52 novos navios à sua frota até 2026, com um investimento de US$ 5,12 bilhões, conforme anunciado por sua presidente, Magda Chambriard, durante evento no Porto de Itajaí com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A empresa prevê garantir até 65% da construção naval em território nacional, fortalecendo a indústria naval brasileira e reduzindo a dependência de embarcações afretadas no exterior. O plano revisado aumenta a meta anterior de 48 para 52 navios, abrangendo navios de suprimento, petroleiros e embarcações de apoio destinadas principalmente às operações offshore no campo de Búzios, cuja produção estimada é de 2 milhões de barris por dia até 2030. As exigências de construção local variam de 45% a 65%, priorizando o uso de materiais e mão de obra nacionais.
O projeto deve gerar 50.000 empregos diretos e indiretos, alinhando-se à política de reindustrialização do governo federal. Já foram firmados contratos para a construção de 12 navios com propulsão híbrida, no valor de US$ 2,8 bilhões, nos estaleiros de Navegantes e Itajaí. As parcerias envolvem critérios de sustentabilidade e estímulo ao crescimento econômico. A Petrobras também busca atrair investidores estrangeiros para fortalecer os estaleiros brasileiros, incluindo negociações com empresas chinesas. A companhia possui participações na Bacia de Pelotas, uma nova fronteira de exploração no sul do país. A Shell, parceira da Petrobras, planeja perfurações exploratórias para 2028, com estimativas de reservas de bilhões de barris. O sucesso na região pode transformar Santa Catarina e o Rio Grande do Sul em polos energéticos.
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