A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) se prepara para implementar uma estratégia de Environmental, Social and Governance (ESG) dentro da agência. Dessa vez, o intuito é fazer um levantamento com todos os portos para construir um inventário de emissão de carbono do setor aquaviário.
Essa iniciativa faz parte de uma agenda prioritária da agência com três estudos diferentes. Um deles trata de como os portos estão se preparando para a transição energética, com o uso de novos tipos de combustíveis; e o outro é sobre como os portos se planejam para melhorar a relação porto-cidade.
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O objetivo da agência é que em breve seja feito um levantamento de emissão de carbono parecido com o estatístico aquaviário, que é divulgado mensalmente em um compilado para a sociedade. Com isso, a Antaq poderá atender às metas do acordo de Paris e a Agenda Ambiental e de Segurança Aquaviária interna.
O diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, reforçou que para atender às metas estabelecidas é necessário primeiro monitorar e medir e por isso esse inventário é fundamental para o setor e para a sociedade.
“A nossa missão é que sejam encaminhadas informações tempestivas por todo o setor e a partir dali é possível ter um termômetro sobre como o setor está se comportando em relação às emissões de carbono”, explicou Nery.
A agência vem trabalhando para melhorar os níveis de sustentabilidade no setor portuário há algum tempo. A Antaq foi a primeira agência reguladora federal a ter uma unidade voltada exclusivamente para a área de sustentabilidade e foi precursora na criação do Índice de Desempenho Ambiental (IDA).
Além disso, no ano passado, foi entregue o estudo “Impactos e Riscos da Mudança do Clima nos Portos Públicos”. Nesse estudo foram identificadas as principais ameaças e riscos climáticos.
Com isso, foi feita uma metodologia com todas as diretrizes para realização de estudos de caso sobre os impactos climáticos nos portos e no momento está sendo feito um monitoramento desses impactos por parte da Antaq.
“A Agência está estimulando as autoridades portuárias e os Terminais de Uso Privado a se planejarem para essas mudanças climáticas que se avizinham”, apontou o diretor-geral.
Rio Limpo, Amazônia Viva
O diretor ressaltou ainda, durante o painel, a importância do evento educativo Rio Limpo, Amazônia Viva, que visa preservar os rios da região. A intenção é que esse evento aconteça ainda no primeiro semestre deste ano no Norte do país.
A iniciativa tem como objetivo geral: promover a sustentabilidade ambiental, incentivar o atendimento de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a adoção de princípios ESG no transporte aquaviário na região amazônica.