A maior parte da energia elétrica consumida no Porto de Santos é produzida pela Usina Hidrelétrica de Itatinga, que fica em Bertioga e pertence à a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária). E para garantir a manutenção e as operações da instalação centenária, a Codesp conta com a Gerência do Setor Elétrico (Geele), vinculada à Superintendência de Execução de Obras da Diretoria de Engenharia da estatal.
Dos 23 mil kW consumidos pelo Porto, a hidrelétrica é responsável por 15 mil kW. Os outros 8 mil kW são obtidos junto às concessionárias de energia. Na Margem Direita (Santos), o complemento vem da CPFL, enquanto na Margem Esquerda (Guarujá), da CPFL e da Elektro.
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A energia gerada por Itatinga é transmitida por circuitos trifásicos desde Bertioga até o Porto de Santos, por uma rede aérea que se prolonga por 30 quilômetros. Ao chegar na região do cais, esses cabos, agora subterrâneos, distribuem a eletricidade para outras 70 subestações ao longo do Porto. Essa rede, de 50 quilômetros de extensão, atende tanto a Docas como arrendatários e usuários do complexo marítimo.
A Autoridade Portuária também é responsável por garantir energia para abastecer suas instalações administrativas e os sistemas de iluminação de toda a área operacional e de ruas e avenidas do complexo.
A Geele atua 24 horas por dia e sua equipe fica distribuída em escritórios e oficinas nas unidades da Codesp, em Santos, Guarujá e Bertioga. O departamento é composto por um gerente, três engenheiros eletricistas, um engenheiro mecânico, um chefe de serviço, quatro coordenadores, 10 encarregados, 65 técnicos portuários e quatro auxiliares portuários.
Há cerca de dois anos, os cabos elétricos que transmitem a energia produzida em Itatinga passaram a ser alvo de ladrões. Para eliminar os furtos, a Codesp intensificou a vigilância pela Guarda Portuária e passou a substituir os equipamentos. Os cabos de cobre foram trocados pelos de aço ou alumínio - material que não desperta tanto o interesse das quadrilhas especializadas.
Como existe uma limitação na vazão de água para geração de energia em Itatinga, a Codesp não pretende desenvolver projetos para aumento a capacidade da usina. Os investimentos que vem sendo realizados na unidade visam a modernização da instalação.
Fonte: A Tribuna online