A proposta de trabalho dos estudos sobre os impactos ambientais da dragagem do Porto de Santos foi avaliada nesta quarta-feira (16), pela diretoria-executiva da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). O tópico ainda terá de ser apreciado pelo Conselho de Administração (Consad) da estatal. A expectativa é de que o contrato para o início das pesquisas seja assinado ainda neste mês.
A definição da data para essa contratação depende apenas dessas análises e da agenda do ministro dos Portos, Helder Barbalho, que assinará o acordo. A informação é do diretor-presidente da Docas, José Alex Oliva, que participou, ontem, da reunião do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos.
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Segundo o executivo, os primeiros resultados do estudo serão conhecidos 45 dias após a assinatura do contrato. A ideia é que o material responda aos questionamentos apresentados pelo Ministério Público Federal.
O órgão aponta a dragagem do Porto como a principal causa da erosão na Ponta da Praia.
“Esse estudo vai pegar dados que não são de hoje. De 1925, 1939, 1945, a elevação do nível do mar, o El Niño, as duas grandes ressacas que arrasaram a praia, a ocupação urbana da Ponta da Praia, porque aquilo tudo era área de chácara, todos os fatores que contribuem para o cenário que está aí”, destacou Oliva.
Os estudos serão elaborados pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias e o professor Gilberto Fialho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Fonte: A Tribuna