Ainda que os portos de Santos, em São Paulo, Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e Paranaguá, no Paraná, continuem a ser as principais portas de saída dos embarques brasileiros de soja em grão ao exterior, levantamento da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) destaca que houve forte aumento da movimentação em portos menos tradicionais de janeiro a julho deste ano - sobretudo em Itaqui, no Maranhão, e Barcarena, no Pará.
De acordo com a entidade, as exportações da oleaginosa somaram 41,8 milhões de toneladas nos primeiros sete meses de 2015, 8% mais que em igual intervalo do ano passado. Nas contas da Anec, já passaram por Santos, neste ano, 12,3 milhões de toneladas, ou 29% do total, enquanto a fatia de Rio Grande foi de 17% e a de Paranaguá ficou em 15%. Com um incremento de 87% na comparação com o mesmo período de 2014, para 3,6 milhões de toneladas, Itaqui ficou em 5º lugar, com participação de 9%; ao mesmo tempo, a fatia de Barcarena, que ocupou a 8ª posição e onde a alta foi de 116% (para 1,6 milhão de toneladas) foi de 4%.
Conforme Sérgio Castanho Teixeira Mendes, diretor-geral da Anec, a China permaneceu como o principal destino das exportações brasileiras de soja em grão de janeiro a julho. Nos cálculos da entidade, baseados em volumes efetivamente embarcados, o país asiático absorveu 76,5% do volume total no intervalo. Segundo ele, a valorização do dólar em relação ao real tornou o grão brasileiro ainda mais competitivo no mercado internacional, o que levou a uma revisão da estimativa para o volume total em 2015 de 48 milhões para 50 milhões de toneladas.
No caso do milho, a concentração dos embarques nacionais nos portos de Santos e Paranaguá continua marcante, mas terminais menores continuam a ganhar espaço. No total, conforme a Anec, os embarques brasileiros do cereal atingiram 5,9 milhões de toneladas de janeiro a julho e a expectativa da Anec é que o volume total alcance 25 milhões.
Fonte: Valor Econômico/Fernando Lopes | De São Paulo
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