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Diretoria da Codesp debate dragagem de berços do Porto de Santos

A licitação da dragagem de berços do Porto de Santos foi discutida nesta última sexta-feira(18) pela diretoria-executiva da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Em seguida, caso a contratação da Dratec Engenharia seja autorizada, o processo será analisado pelo Conselho de Administração (Consad) da estatal, que dará o aval final, na próxima semana.

De acordo com o diretor de Engenharia da Codesp, Antonio de Pádua de Deus Andrade, se a oferta da empresa for aprovada, a previsão é de que o contrato possa ser assinado em cerca de duas semanas. “Depois da Semana Santa (próxima semana), a gente já quer estar com isso resolvido. Assinamos a ordem de serviço e a obra já poderá ser iniciada”.


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Nesta última sexta-feira(18), a diretoria-executiva da Codesp vai avaliar um parecer de sua superintendência jurídica sobre os recursos apresentados por duas participantes na licitação – a EEL Infraestruturas e a DTA Engenharia. Elas não concordaram com a habilitação da Dratec na disputa. Com base neste material, os diretores irão decidir se a empresa será contratada para a obra.

A pressa é motivada pela interrupção do serviço, responsável por manter as profundidades dos berços de atracação do cais santista. A obra está paralisada desde o dia 10 de dezembro, quando a Dratec decidiu não continuar executando a atividade.

Depois, a mesma firma entrou na concorrência e aceitou reduzir seu preço de R$ 24 milhões para R$ 20,9 milhões. A EEL Infraestruturas chegou mais perto do valor previsto pela estatal que administra o Porto de Santos. A firma propôs R$ 21,5 milhões pelo serviço. Contudo, foi inabilitada pela comissão de licitação.

Como o valor apresentado pela Dratec Engenharia ainda é superior aos R$ 17 milhões que a Docas previa gastar na atividade, o Consad da estatal precisará autorizar a contratação. Isto está previsto para ocorrer no próximo dia 24, quando haverá uma reunião mensal dos conselheiros.

Assoreamento

Pelo menos dois terminais do Porto já sentem os reflexos do assoreamento dos berços, o que acabou ocorrendo devido à falta da dragagem. As instalações temem que as dimensões de calado (a profundidade que pode ser atingida pelos navios) nos pontos de atracação sejam reduzidas.

O Ecoporto Santos, que fica no Cais do Saboó, registrou perda de profundidade em um dos seus pontos de atracação, no Cais do Corte.

Já a Brasil Terminal Portuário (BTP), instalação especializada na operação de contêi-neres e localizada na Alemoa, teve seu berço 1 impactado pela falta de dragagem. Por isso, está com profundidade inferior ao homologado no canal, segundo a empresa. Para a companhia, essa situação reduz em até um terço sua capacidade de movimentação – que, oficialmente, é de 2,5 milhões de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano e, na prática, fica em 1,65 milhão de TEU/ano.

O assoreamento pode ser mais intenso em terminais localizados mais ao fundo do estuário, como no trecho entre o Paquetá e a Alemoa – região onde fica o Saboó. O motivo é a deposição de resíduos vindos do Canal de Piaçaguera e do Rio Casqueiro, em Cubatão.

A cada centímetro de redução no calado de um navio conteineiro, deixa-se de carregar de sete a oito contêineres. Em embarcações graneleiras, a cada centímetro reduzido no calado, não são embarcadas 100 toneladas. A estimativa leva em conta navios dos tipos Cape Size ou Panamax.

Fonte: A Tribuna online/FERNANDA BALBINO






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