O encontro que reuniu órgãos e entidades do setor, como o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Estado do Amazonas (Sindarma), discutiu também a segurança do rio, que é o principal corredor de transporte de cargas do Polo Industrial de Manaus (PIM), bem como de outros Estados da Região Norte.
Durante o café, o diretor-geral do Dnit, Valter Casimiro, não falou de data, mas disse que o edital da dragagem do Madeira, que em épocas de cheia recebe muitos troncos velhos de árvores, será lançado em breve. “Desta vez será contratado para 5 anos, assim diminuímos o impacto burocrático de ter de aprovar todo ano”, afirmou Valter Casimiro.
PUBLICIDADE
O segundo vice-presidente do Sindarma, Dodó Carvalho, que representou a entidade amazonense na reunião, disse que o serviço de dragagem é considerado essencial para segurança da navegação no rio Madeira.
“Uma medida muito positiva, uma vez que será um edital que vai permitir uma dragagem de 5 anos. O fato de ser uma dragagem de 5 anos permitirá à empresa ganhadora fazer uma melhor programação de trabalho, pois a janela hidrológica do rio Madeira é muito curta. A empresa que ganhar vai ter como fazer um planejamento melhor”, avaliou Carvalho.
O Sindarma levou à reunião problemas que têm afetado o transporte fluvial na região, dentre eles: a necessidade de mais investimentos federais, dragagens, sinalização náutica, formação de fluviários e os riscos gerados pelo grande número de troncos no rio Madeira.
De acordo com Carvalho, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) solicitará uma reunião com vários órgãos para solucionar o problema da grande quantidade de troncos nas águas do Madeira e tratar do despejo de toras de madeira nas águas realizado pela empresa operadora da Usina de Santo Antônio. Entre os órgãos chamados estarão o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marinha do Brasil, Dnit, Agência Nacional de Águas (Ana) e Ministério dos Transportes.
A presença das centenas de dragas do garimpo ilegal de ouro que atuam no rio também será alvo de discussão. “Agora precisamos atuar junto à Ana, Ibama, Marinha e Antaq uma solução para os troncos que são represados nos lagos das hidrelétricas e soltos de uma única vez, causando um risco à navegação”, comentou.
Fonte: Em Tempo