O Ecoporto Santos espera aumentar em 85% a taxa movimentação de contêineres por hora com os três novos portêineres do terminal da empresa, que fica no Saboó. Os equipamentos, que integram o final de um plano interno de investimento de R$ 142 milhões em infraestrutura e tecnologia, começaram a funcionar ontem.
Comprados da China, os portêineres, que têm 120 metros de altura (o equivalente a um prédio de 40 andares) e pesam 1.600 toneladas, substituem os obsoletos guindastes móveis portuários (MHC, na sigla em inglês). Agora, eles são equipamentos responsáveis por fazer o transporte de contêineres entre o cais e os navios.
Até o último semestre, a instalação atingia o índice de 19 movimentos por hora (MPH) com cada um dos antigos guindastes. Isto é, a cada 60 minutos, menos de duas dezenas de caixas metálicas de 20 ou 40 pés eram embarcadas ou desembarcadas dos cargueiros que fazem escala no terminal.
A intenção, a partir de agora, é de que a eficiência da instalação chegue a 35 MPH por cada portêiner (105 MHP ao todo, portanto), conforme o presidente da empresa, José Eduardo Bechara. “Para o Ecoporto, isto é chegar ao nível mundial, com equipamentos de ponta. Eles são os mais modernos no Porto de Santos”, afirma.
Na segunda-feira(3), com a escala do porta-contêiner YM Evolution, dois portêineres atingiram 30 MPH
O objetivo é de que ainda neste ano a marca seja alcançada. Ontem, com a escala do porta-contêiner chinês YM Evolution, os dois portêineres que operavam já conseguiram atingir 30 MPH. Com o índice, será necessário pouco mais de um dia para desembarcar todos os 822 contêineres previstos - com os antigos MHC, seria necessário o dobro do tempo.
Ainda esta semana, será feita a operação com os três novos equipamentos simultaneamente no mesmo cargueiro chinês, que voltará a fazer escala no Porto de Santos, depois de passar pelo sul do País. A expectativa é de que já nessa operação a movimentação atinja ao índice de eficiência esperado.
Investimento
O início da operação dos três portêineres representam o final de um ciclo de investimentos do Ecoporto Santos, iniciado no ano passado. Pelo menos R$ 142 milhões foram aplicados na compra dos novos guindastes e de equipamentos que movimentam contêineres no pátio do terminal, como os transtêineres e os caminhões-tractors.
A compra de um novo sistema operacional para gerenciar a eficiência do também terminal integra o investimento. Trata-se do Terminal Operating System (TOS), que pertence à plataforma Naves. O recurso é utilizado em outros terminais do Porto de Santos.
Finalizam o pacote as obras civis que, além de melhor distribuir as cargas no terminal, também farão os novos portêineres ampliarem área de atuação. Isto é, a readequação no cais poderá fazer com que os equipamentos cheguem até as extremidades dos navios cargueiros que atracam no cais da empresa.
Fonte: A Tribuna Online/José Claudio Pimentel
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