Alegando prejuízos, trabalhadores do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), realizaram, na manhã da última sexta feira (20), uma manifestação e bloquearam o acesso ao porto, no bairro do Remanso em Cruzeiro do Sul, interior do Acre.
De acordo com a presidente da entidade, Graça Oliveira, com a interdição do porto, em maio deste ano, para reforma, as balsas estão ancorando no porto de Guajará (AM) o que já teria causado um prejuízo de até R$ 22 mil aos trabalhadores.
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“Estamos trabalhando pouco. Eles ganham por produção e as balsas estão desembarcando em Guajará, só vem para cá embarcar farinha e isso é um prejuízo. Neste período, já tivemos a perda de R$ 22 mil. Se não resolverem a gente volta a interromper o acesso ao porto”, disse.
O porto de Cruzeiro do Sul foi interditado temporariamente por conta de um desmoronamento
A gerente do porto, Núbia Rocha, explicou que administração está cumprindo uma determinação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Segundo ela, foi necessário recuperar a rampa, fazer adequações no prédio da administração, afinar o atendimento ao público, pavimentar o acesso, treinar e qualificar pessoal na segurança do trabalho.
“O porto foi interditado em maio. Tivemos algumas recomendações da Antaq e tudo já foi providenciado. Dependemos apenas de um documento do cais flutuante que precisa vir de Rio Branco. O que tinha que ser feito já foi feito pelo governo, só falta a Antaq autorizar a liberação do porto. Nós não pudemos descumprir uma determinação da agência fluvial”, explica.
Trabalhador do porto há 10 anos, Francirleudo Silva, de 36 anos, disse que sem o porto o trabalho foi dificultado e alega que sem a estrutura é quase impossível executar o transporte.
“As poucas balsas que param aqui no porto ao lado são para carregar farinha. Eles não liberam o porto, estamos há meses esperando e tenho quatro filhos para sustentar. estamos trabalhando na beira do barranco. Quando chove temos que carregar a carga mais de 100 metros na lama”, reclama.
O acesso ao Porto foi liberado por volta das 10h [horário do Acre]. Os 24 estivadores que prestam serviço a Ogmo suspenderam a interdição do acesso e prometem que, caso o porto não seja liberado até a próxima quarta-feira (25), devem voltar a fechar o portão e impedir o acesso ao local.
Fonte:Do G1 AC/Adelcimar Carvalho