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Exportação com contêineres sobe 4,5% em janeiro no país, diz transportador

A exportação por contêineres em janeiro mostrou reação e subiu 4,5% em relação ao mesmo mês de 2014. É o que aponta relatório sobre o Brasil da Maersk Line, maior transportadora por navios do mundo.

Os contêineres em geral são usados para exportar produtos manufaturados e semimanufaturados ou commodities de alto valor agregado.

É um comércio mais qualificado, mas ainda a menor parte das transações internacionais do país, concentradas em produtos de baixo valor agregado como soja, milho e minério de ferro.

As exportações nacionais usando esse tipo de equipamento estão avançando desde o início de 2014, segundo os dados do relatório da companhia.

No ano passado, subiram 6%, sendo que no último trimestre de 2014 houve um pequeno avanço de 1,4% na quantidade de contêineres exportados pelo país.

Mas 2014 também registrou uma queda nas importações de produtos em contêineres. Segundo os dados do comércio exterior nacional, foram trazidos 2% menos contêineres em 2014 que em 2013 para o Brasil.

Com isso, o balanço do comércio por contêineres (que soma importação e exportação), teve crescimento em 2014 de apenas 1%, bem abaixo da expectativa do mercado transportador no início do ano que esperava um aumento de até 7% em relação a 2013.

A redução do comércio levou a ociosidade dos navios e, por causa disso, a Maersk retirou uma linha do comércio entre o Brasil e a Europa, reduzindo em 25% sua capacidade de transporte do comércio nacional.

Mesmo com a retirada de navios, a empresa conseguiu ganhar maior participação no mercado nacional no ano passado, avançando para 14% do comércio.

DÓLAR

A alta do dólar iniciada no ano passado vem colaborando para que os preços das mercadorias nacionais fiquem mais competitivos em relação aos concorrentes de outros países.

E também que os preços das mercadorias estrangeiras fiquem mais caros no mercado interno.

Mas o aumento da quantidade exportada ainda não está compensando a redução nas importações. Em janeiro de 2015, por exemplo, a queda nas importações por contêineres foi de 4%, o que proporcionou uma redução no comércio global de 0,6% no primeiro mês do ano.

Segundo Mário Veraldo, diretor comercial da companhia, a empresa ainda espera uma reação da economia nacional e um crescimento neste ano de 1% no total do comércio, puxado pelas exportações.

Segundo ele, para isso, é necessário que a cotação do dólar ganhe estabilidade já com a volatilidade das últimas semanas ele prejudica a venda dos produtos para o exterior mesmo estando num patamar elevado.

"Câmbio só ajuda se ele estiver estabilizado. Sem isso, é difícil colocar preços e fechar contratos", disse Veraldo.

Veraldo também defende que o país reduza seus custos de exportação –principalmente com a simplificação da burocracia– e volte a fazer acordos bilaterais de comércio exterior, principalmente com países e blocos econômicos de maior porte como os EUA e a União Europeia.

Segundo ele, com o fracasso das negociações de comércio global na OMC (Organização Mundial do Comércio), os países estão cada vez mais fazendo acordos diretos entre eles, o que facilita o comércio bilateral.

"O que vemos é que, na hora de escolher um parceiro para comprar, a primeira opção é sempre o país com quem se tem acordo, porque isso torna o comércio mais fácil e mais barato", afirmou Veraldo.

Fonte: Folha de São Paulo/DIMMI AMORA DE BRASÍLIA






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