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Governo lança plano estratégico para evitar degradação na região do Arco Metropolitano

Rio de Janeiro - Uma das maiores obras públicas do Rio de Janeiro, o Arco Metropolitano, tem a partir de hoje (18) um Plano Diretor Estratégico de Desenvolvimento. O estudo cruza as oportunidades e as restrições ambientais da região metropolitana do Rio, além de identificar os gargalos – como o problema do abastecimento de água e de energia. A finalidade é evitar experiências que resultaram na destruição ambiental e na formação de assentamentos urbanos precários.

O plano, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com o custo de U$ 1 milhão, foi lançado durante um seminário na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) para discutir o cronograma da obra do Arco Metropolitano. A rodovia abrange 21 municípios (cerca de 70 quilômetros) e vai conectar o Complexo petroquímico da Petrobras (Comperj) ao complexo portuário de Itaguaí, além de se conectar com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSA), em Santa Cruz, bairro da zona oeste do Rio.

Durante o discurso de abertura, o governador do Rio, Sérgio Cabral, lembrou que mais de 80% da população do Rio vivem na região por onde o Arco Metropolito passará e que o plano pretende contribuir para o desenvolvimento sustentável desses locais e melhoria de vida dessas pessoas. “Ele identifica as áreas adequadas para a localização das atividades econômicas, moradia, serviços etc, cruzando isso com as limitações ambientais, e constrói as diretrizes para uma melhor ocupação, uma espécie de GPS do Arco Metropolitano.”

O plano diretor aponta soluções para áreas como desenvolvimento econômico e social, infraestrutura urbana, saneamento, considerando que os 21 municípios envolvidos não têm condições de atender à demanda atual de tratamento e disposição de resíduos sólidos, além da precariedade dos indicadores sociais e serviços de saúde e educação deficitários para a população.

Entre as diretrizes para a qualidade ambiental, está o reflorestamento com espécies nativas da Mata Atlântica, que compreende 38% da era do Arco Metropolitano e recuperar a vegetação dos mananciais que compõem a Bahia de Guanabara e de Sepetiba, ambas contaminadas e com as margens degradadas.

O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, lembrou que a obra é uma demanda das industrias do estado há mais de 15 anos para o escoamento das mercadorias e vai possibilitar a redução de 20% nos custos com transporte.

Sérgio Cabral garantiu que o Arco Metropolitano será inaugurado em dezembro de 2012. A obra sofreu atraso de mais de um ano devido às mais de 3,6 mil desapropriações e da descoberta de mais de 40 sítios arqueológicos. O valor total das obras, que conta com recursos dos governos federal pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e estadual, já passa de R$ 1 bilhão.

Fonte: Agência Brasil/Flávia Villela


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