A Kepler Weber fechou o terceiro trimestre com crescimento de receita, R$ 515,8 milhões, e rentabilidade, com lucro líquido de R$ 115,6 milhões. Segundo o balanço divulgado ao mercado, a receita avançou 56,1% ante o mesmo trimestre de 2021 e foi 43,2% maior que o segundo tri deste ano, quando a companhia reportou receita líquida de R$ 360,1 milhões.

Já o lucro líquido saltou 181,3% neste trimestre em comparação com julho, agosto e setembro do ano passado, quando registrou R$ 41,1 milhões.

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"No acumulado de 2022 o lucro líquido foi de R$269,5 milhões, com margem líquida de 20,5% e aumento de 11,8 pontos percentuais quando comparado à R$70,2 milhões no acumulado de 2021 e 8,7% de margem líquida", destaca mensagem da diretoria ao Mercado.

O EBITDA, lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações, somou R$ 155,8 milhões, crescimento de 160,1% em relação ao mesmo período de 2021, quando ficou em R$ 59,8 milhões. Comparando os dois períodos, a margem EBITDA foi de 30,2%, aumento de 12,1 pontos percentuais. No comparativo com o trimestre passado, também houve avanço de 65,2%, quando a companhia havia aferido R$ 94,3 milhões.

No balanço, a Kepler Weber destaque para a evolução do ROIC (da sigla em inglês para Retorno do Capital Investido) em 51,3 pontos percentuais, atingindo 107,5%.

As ações da companhia em setembro registraram valorização de 72% em comparação com dezembro de 2021, resultado melhor que o índice Ibovespa (5%) e que o índice das Small Caps (-9%). "A Kepler teve aumento de 65% na liquidez média diária KEPL3 passando de R$ 9,8 milhões em dezembro de 2021 para R$ 28,4 milhões de volume financeiro em setembro de 2022", diz trecho do balanço.

Pós-colheita, principal área de negócio da companhia, cresceu 57,5% em receita no terceiro trimestre deste ano, atingindo R$ 387,2 milhões, ante os R$ 245,9 milhões de igual período do ano passado. Na comparação com o segundo tri, o crescimento foi de 75,6%, quando a empresa havia registrado R$ 220,6 milhões em receita.

A Kepler Weber destaca que os resultados são reflexo de uma conjunção de fatores, como uma carteira "robusta" de clientes, o bom momento do agronegócio, a valorização de commodities – que permite manter o produtor capitalizado, além de ações estratégicas de vendas. A empresa destaca também o crescimento da "rentabilidade em todas as regiões agrícolas do Brasil, principalmente nos cerrados, onde tivemos crescimento expressivo de vendas em estados como Goiás, Mato Grosso, Piauí, Tocantins e Maranhão", diz o balanço, que traz ainda a confirmação de vendas de projetos que totalizam R$ 93,8 milhões no trimestre.

Portos e Terminais atingiu receita de R$ 13,7 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 1 milhão registrado em igual período do ano passado. O crescimento de 1326,5% se deve a um perfil desta unidade de negócio, "caracterizado por projetos de ticket elevado e ciclo comercial prolongado, podendo gerar grandes variações de faturamento", explica o balanço.

O resultado do trimestre decorre da entrega de um projeto no terminal de Santos, Litoral de São Paulo, modernização de equipamentos alinhados com ESG e de um projeto novo no Terminal de Paranaguá, no Paraná. Ao longo do ano, a área de negócio soma R$ 73,5 milhões em novas vendas, com previsão de faturamento para o primeiro semestre de 2023.

Agroindústrias, segmento criado este ano, registrou R$ 10,5 milhões em receita no trimestre, redução de 77,8% na comparação com o trimestre anterior, quando a empresa atingiu R$ 47,5 milhões. Assim como Portos e Terminais, esta unidade de negócio também apresenta variações entre trimestres devido a magnitude dos projetos e a ciclos comerciais maiores. No acumulado do ano, a área de negócio soma R$ 152 milhões em receita.

Reposição e Serviços, que atua na manutenção e modernização de unidades de beneficiamento e armazenagem, reportou crescimento de 19,5% no trimestre, atingindo R$ 57,2 milhões, contra os R$ 47,9 milhões do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, também houve aumento de 25,7%.

A empresa destaca a "excelente performance de vendas", dentre outros fatores, e ao posicionamento estratégico dos Centros de Distribuição (CDs) pelo Brasil, incluindo duas novas unidades em Balsas (MA) e Paragominas (PA).

Negócios Internacionais, que já realizou projetos em mais de 50 países, atingiu receita de R$ 47,1 milhões, um aumento de 31,9% na comparação com julho a setembro de 2021, quando registrou receita de R$ 35,7 milhões. Na comparação com o trimestre passado, também houve aumento de 16,2%.

A Kepler Weber ressalta no comunicado ao Mercado o posicionamento premium no exterior e o bom preço das commodities. "Destacamos também expansões nos mercados, como Ásia e África, e aumento de vendas em importantes praças da América do Sul, como Paraguai, Venezuela, Bolívia e Uruguai.

A companhia antecipa que, ao longo do terceiro trimestre, fez vendas importantes para o sudeste asiático e para países como Uruguai e Colômbia. O faturamento destas vendas vai refletir nos dois próximos balanços trimestrais.