SÃO PAULO - A Kepler Weber, fabricante brasileira de equipamentos para armazenagem e movimentação de granéis, teve uma redução de 60% em seu prejuízo líquido no primeiro trimestre de 2016 (encerrado em 31 de março), para R$ 5,7 milhões.
Em balanço financeiro divulgado há pouco, a Kepler informou que a queda no faturamento, derivada da baixa liquidez da carteira de pedidos, levou a companhia a permanecer com o resultado líquido negativo no período.
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Já a receita cresceu 7,3% no primeiro trimestre, para R$ 115,8 milhões. “Embora superior ao primeiro trimestre de 2015, o achatamento da receita líquida se deve ao cenário político-econômico e à restrição ao crédito oriunda da redução na disponibilidade do recurso e do aumento da taxa de juros da linha de financiamento do PCA [Programa para Construção e Ampliação de Armazéns]”, disse a empresa, em nota que acompanhou o balanço.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), ficou negativo em R$ 4,8 milhões. No mesmo período de 2015, o Ebitda também ficou negativo, mas em R$ 11 milhões. A margem Ebitda, por sua vez, ficou negativa em 4,2%, ante margem Ebitda negativa de 10,2% no primeiro trimestre do ano passado.
Na avaliação da Kepler, o déficit da capacidade estática de armazenagem no país, juntamente com o crescimento da produção agrícola nacional, deve continuar demandando investimentos no setor de armazenagem — que serão retomados quando “a confiança dos investidores for restabelecida e as incertezas político-econômicas sanadas”.
“Em paralelo a esse ambiente de reajustes, a Administração da Companhia mantém a estratégia de diversificar as fontes de receitas nos demais segmentos da empresa (exportação, movimentação de granéis sólidos e reposição de peças e serviços), onde existem oportunidades por serem menos dependentes dos efeitos dos ajustes econômicos, fiscal e monetário”, concluiu a empresa.
Fonte: Valor Econômico/Mariana Caetano