A partir do próximo mês, a operadora portuária Localfrio, que fica na Margem Esquerda (Guarujá) do porto de Santos, será responsável por 65% da movimentação de insumos para a produção de defensivos agrícolas da Bayer CropScience. Isto foi possível após a empresa vencer uma concorrência promovida pela multinacional alemã, que é uma das líderes mundiais no segmento de biotecnologia. Por ano, devem ser transportadas cargas que somam R$ 40 milhões.
As mercadorias chegarão de países como Estados Unidos, Colômbia e ainda de parte da Europa, para abastecer os estados de São Paulo e Paraná, além de boa parte da região Centro-Oeste, onde estão os maiores polos agrícolas do País. A expectativa é de que o volume armazenado na instalação portuária varie entre 300 e 400 contêineres por ano.
Segundo o diretor comercial da Localfrio, Eduardo Razuk, as cargas que chegarão ao Porto de Santos poderão ser desembarcadas em terminais das margens Direita e Esquerda, além de Cubatão. Mas, a maior parte das mercadorias terá o Tecon, administrado pela Santos Brasil, como primeiro destino no cais santista.
O executivo explicou que, cerca de 48 horas após a chegada no Porto de Santos, as cargas da Bayer CropScience serão transportadas para a Localfrio. Lá, serão feitos os trâmites de desembaraço aduaneiro e toda a logística do carregamento até a fábrica ou o centro de distribuição da multinacional. Este processo dura, em média, 10 dias, mas o tempo varia de acordo com a atuação de despachantes e de órgãos anuentes.
Anualmente, Localfrio receberá entre 300 e 400 contêineres com insumos da Bayer CropScience
Razuk explica que a armazenagem de produtos químicos requer, além de licenças ambientais e de transporte, uma infraestrutura de contingenciamento da carga, em caso algum problema com a mercadoria.
“Se existe um vazamento de um dos produtos do cliente dentro do nosso terminal, a gente tem que posicionar o contêiner em uma área específica. A gente tem tanques para posicionar o contêiner e, além disso, a gente tem a capacidade de hoje, se necessário, desovar esses contêineres em um armazém específico para esses produtos químicos. Não é o perfil da carga, neste momento, mas supostamente pode ser que eles usem esse tipo de serviço.
Então o fato de já estarmos habilitamos e termos essa estrutura para atendê-los também foi um dos diferenciais”, explicou o executivo.
Contratação
O diretor comercial da Localfrio explicou que a negociação nasceu de um processo licitatório aberto pela Bayer. A operadora portuária foi convidada a participar das negociações, que foram concluídas no início deste mês.
A empresa não revela o quanto a sua receita aumentará com a movimentação de cargas da Bayer CropScience, mas revela que, após essa contratação, já existem outros serviços em vista.
“Existem dois novos negócios, em função desse que a gente que ganhou, que nós esperamos ser convidados. Um é a parte de transportes para fazer, depois do desembaraço, a entrega dessas mercadorias nos centros de distribuição ou até na fábrica da Bayer. Essa é uma licitação que está prevista para o final deste ano. E, possivelmente, a entrada também no processo licitatório da divisão HealthCare da Bayer”. Trata-se da divisão de saúde da multinacional alemã.
Fonte: A Tribuna online
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