BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Portos, Hélder Barbalho, afirmou em entrevista ao Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor, que a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff não inviabiliza o leilão agendado para a próxima quarta-feira, na BM&FBovespa. São três áreas em Santos (SP) e uma em Vila do Conde, no Pará. São as primeiras a serem arrendadas desde a nova Lei dos Portos, editada em 2013, e que integram um pacote de 93 áreas a serem licitadas até 2016.
"Continua a agenda pré-estabelecida, a expectativa é a melhor possível dada a quantidade de procura por informações e a quantidade de players que demonstram interesse, através de consultas à Secretaria de Portos, ao Ministério do Planejamento e à Antaq [Agência Nacional de Transportes Aquaviários]", disse o ministro. "Estamos confiantes de que teremos pleno êxito no leilão desta quarta-feira", reforçou.
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Hélder disse que o processo segue o ritmo normal, com respostas aos questionamentos que vêm surgindo sobre o edital, cumprimento de prazos. Na segunda-feira (7), serão formalmente apresentados os players do leilão, e na quarta-feira, serão abertas as propostas. O prazo para impugnação do edital encerra na segunda-feira.
A realização do primeiro leilão sob a nova legislação foi autorizada pelo Tribunal de Contas da União em outubro e o governo atua para mostrar que não está paralisado, apesar da crise política. Serão arrendados dois terminais para transporte e armazenamento de celulose e um de grãos em Ponta da Praia, em Santos, e um quarto terminal de grãos no porto de Vila do Conde, em Barcarena. O edital referente ao segundo bloco, com mais quatro áreas a serem arrendadas, será divulgado em dezembro. O leilão, previsto para janeiro, contemplará mais um terminal de grãos no porto de Santos, e mais três áreas em Outeiro, no porto de Belém (PA).
Fonte: Valor Econômico/Andrea Jubé