A Multilog registrou em 2024 um aumento de 9% no fluxo de caminhões em seus portos secos nas fronteiras de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Foram mais de 400 mil veículos atendidos ao longo do ano, acima dos 367 mil de 2023. O Porto Seco de Dionísio Cerqueira (SC) teve o maior destaque, com um salto de 47,4% nas movimentações, totalizando 23.014 caminhões. A inauguração de uma nova estrutura em dezembro de 2023 e uma regra estadual que exige que 20% das importações terrestres do Mercosul para Santa Catarina passem pelo porto impulsionaram esse resultado.
Em Jaguarão (RS), o número chegou a 33.653 caminhões, um crescimento mais tímido, de 1,2%, mas ainda assim marcante, puxado por importações de carne e leite em pó. Já Foz do Iguaçu (PR), maior porto seco da América Latina, processou quase 200 mil caminhões, alta de 11,6%. O motivo foi a seca nos rios Paraguai e Paraná que forçou cargas de grãos a migrarem para o transporte rodoviário, além das safras recordes no Paraguai e na Argentina.
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No Rio Grande do Sul, Uruguaiana movimentou 134.511 caminhões, 2,6% a mais que no ano anterior, enquanto Santana do Livramento teve um salto de 13,2%, com 12.823 veículos. A demanda foi puxada por exportações de caminhões e importações de lácteos, além de operações relacionadas a uma grande empresa de bebidas que precisou desviar produtos devido a enchentes na sua fábrica. Para atender à crescente movimentação, a Multilog já está expandindo sua capacidade em Foz do Iguaçu, com um novo porto seco na BR-277, fora da área urbana.