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Navio segue afundado com 3.900 bois no Pará

No dia 5 de outubro de 2015, o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, PA, foi palco de um acidente que culminou no naufrágio do navio de bandeira libanesa Haidar, que transportaria 5.000 bois à Venezuela. O acidente trouxe grandes transtornos socioambientais à região. Depois do acidente, as carcaças de centenas de animais mortos boiaram até as praias próximas e os órgãos públicos tiveram que fazer uma grande força tarefa para retirá-las do litoral.

Pouco mais de seis meses depois, a situação segue indefinida e a embarcação ainda está naufragada no porto, com cerca de 3.900 bois dentro. O prefeito de Barcarena, Antônio Carlos Vilaça, criticou o empurra-empurra de responsabilidades das empresas envolvidas no acidente. "A Companhia de Docas fala que o responsável é o armador e o dono da carga, que são libaneses e nem vêm ao Brasil. As seguradoras não atendem e eu não consigo entender porque até hoje nada foi feito para tirar aquele navio de lá".


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De acordo com Tarsifal de Jesus, diretor-presidente da Companhia Docas do Pará, responsável pelo porto, a operação de retirada é complexa, mas deve começar ainda neste mês. "É uma operação complicada e, a partir de seu início, leva de seis a oito meses para ser concluída. Tivemos que fazer obras no outro lado do rio para ancorar as correntes que colocarão o navio no prumo. Não é simplesmente chegar e flutuar a embarcação”, destacou.

A justiça decretou a indisponibilidade de bens dos proprietários do navio e da carga, além da Companhia Docas do Pará, no valor máximo de R$ 71 milhões. Também foi determinado o pagamento de uma indenização de R$ 900 mil reais a pescadores e moradores da área atingida. Até o momento nenhuma família recebeu indenização.

Moradores - No início dessa semana, 19 de abril, moradores da região de Barcarena bloquearam a estrada que dá acesso ao Porto, cobrando melhorias na área e saneamento básico. Eles afirmam que a CDP retomou o embarque de animais sem ter solucionado a retirada do navio. A empresa nega que tenha retomado as exportações.

O proprietário do gado envolvido no naufrágio, o frigorífico Minerva, tem feito outras rotas para enviar seus animais ao exterior. Em dezembro do ano passado, foi autorizado o embarque de 50 mil bois pelo Porto, que já estavam aguardando na área de pré-embarque.

Mais ações - No início do mês, o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e a Defensoria Pública do Estado entraram na justiça com recurso para garantir direitos básicos as famílias atingidas pelo naufrágio, como o fornecimento de água potável e cestas básicas, até que existam provas de que a poluição ambiental foi reduzida ao mínimo possível.

Outro pedido é que também sejam atendidas famílias de Abaetetuba, município também impactado pelo óleo vazado da embarcação. Os autores do recurso pediram que o tribunal determine o pagamento de um salário-mínimo a cada habitante atingido nos dois municípios, até que os danos provocados a cada habitante tenham sido quantificados. A Defensoria pediu ainda que o tribunal estabeleça prazo de 30 dias para cadastramento da população afetada direta ou indiretamente pelo acidente.

Fonte: Portal DBO, com informações da EBC






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