Na tarde de 5 de outubro de 2015, um navio de carga que levava 5.000 bois vivos do Brasil para a Venezuela afundou no Porto de Vila do Conde em Barcarena, PA, causando uma série de danos socioambientais, como a poluição da água com as carcaças dos animais e com o óleo do navio.
Após pouco mais de um ano da tragédia, a situação segue sem definições. O navio permanece afundado no Porto, com cerca de 4.000 ossadas dentro. Devido ao tempo embaixo d´água, as carcaças se desfizeram, espalhando resíduos pela região. Vale lembrar que apenas parte dos animais afogados boiou e foi levada pela correnteza para as praias da região.
PUBLICIDADE
Em ação judicial, no fim do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF), junto com a Defensoria Pública do Estado e o Ministério Público do Estado do Pará (MPE), estipulou o pagamento mínimo de R$ 71 milhões em indenizações pelo naufrágio. Os réus são a Husei Sleiman e Tamara Shiping (donas do Haidar); Minerva S.A (dona da carga de bois vivos); Global Agência Marítima e Norte Trading Operadora Portuária (responsáveis pelo embarque dos bois) e a Companhia Docas do Pará, dona do porto de Vila do Conde.
Em nota, o MPE afirma que os órgãos realizaram uma série de encontros com as comunidades afetadas e com as empresas acusadas pelo acidente para tentar uma solução amigável.
Uma delas aconteceu em julho, quando foi apresentada a proposta da CDP, Minerva e pelos donos do navio, de pagamento de R$ 7,5 milhões às famílias impactadas. O valor foi considerado insuficiente pela comunidade e as negociações continuam.
Atualmente, o porto segue operando parcialmente. O local em que o naufrágio aconteceu continua interditado.
Fonte: Portal DBO