O Governo do Estado e instituições privadas como o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) estudam a ampliação das importações e exportações do Paraguai pelo Porto de Paranaguá. O governador Carlos Massa Ratinho Junior reforçou nesta terça-feira (29), em evento promovido pela TCP, uma maior integração logística entre o Paraná e o país vizinho, tendo em vista os projetos em curso no Estado para a modernização dos modais de infraestrutura.
Utilizado historicamente como a principal rota de acesso para o comércio exterior paraguaio, o porto perdeu protagonismo em 2003, quando o bloqueio do estado a produtos transgênicos fez com que o país desenvolvesse um sistema de hidrovias nos rios Paraguai e Paraná, escoando boa parte dos produtos por portos da Argentina e do Uruguai.
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Agora, com projetos como a Nova Ferroeste, o novo programa de concessões rodoviárias, a Ponte de Integração Brasil-Paraguai e os investimentos no Porto de Paranaguá, o estado tem a oportunidade de se tornar novamente a principal porta de entrada e de saída do Paraguai para o mar.
“Estamos à disposição para construir projetos com o setor produtivo paraguaio para atender a logística do país”, disse o governador.
O Paraguai movimentou, no ano passado, 165 mil TEUs, sendo um volume cada vez maior através do Porto de Paranaguá. “É um mercado com grande potencial, por isso é importante potencializar a integração regional e explorar as vantagens logísticas de Paranaguá. A redução dos custos logísticos torna essa uma rota de interesse para o Paraguai”, disse.
O diretor Comercial e Institucional da TCP, Thomas Lima, explicou que a empresa direcionou seus esforços para reconquistar esse mercado, já que o comércio via Porto de Paranaguá reduz em 25 dias o tempo de transporte de produtos paraguaios, além de ser um dos únicos terminais portuários do Brasil a contar com a presença do Depósito Franco Paraguaio, exigência necessária para transporte internacional de cargas importadas com destino ao país vizinho.
“O nosso eixo logístico poderia ser muito mais aproveitado do que é atualmente, o que geraria uma competitividade muito interessante para as empresas paraguaias, além de ganhos para o Paraná”, disse Lima. “Por isso queremos mostrar às autoridades paraguaias que é preciso fazer o gerenciamento dessa competição, melhorar as taxas de Paranaguá para ampliar a movimentação por aqui, que é muito mais rápida que pelos outros países”.