A Codesp iniciou um trabalho de batimetria, uma medição da profundidade do canal do Porto de Santos , no litoral de São Paulo. O serviço, que começou nesta segunda-feira (13), está sendo realizado para a retomada da dragagem dos trechos 2, 3 e 4 do canal de navegação.
De acordo com informações da Codesp, nesta segunda-feira foi iniciada a coleta dos dados batimétricos a partir do trecho 3 em direção ao trecho 4. O trabalho é feito por uma embarcação pequena que utiliza um sonar, um aparelho que detecta e localiza objetos submersos na água. A batimetria não altera o tráfego de navios no Porto de Santos. O levantamento é realizado pela empresa Hidrotop e deve se estender até o final desta semana.
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Todos os dados serão entregues à Codesp, bem como as plantas com as profundidades aferidas durante o levantamento. A batimetria se faz necessária para verificar os locais assoreados e implementar a dragagem pontual nos trechos 2, 3 e 4 do canal. A Codesp ainda não divulgou a data exata do início da dragagem.
A Codesp irá elaborar, em conjunto com a Capitania dos Portos, um plano para a realização da dragagem “cirúrgica”, que também terá sua execução acompanhada pela Capitania, a fim de que se possa promover, o quanto antes, o restabelecimento pleno do calado operacional para o Porto de Santos.
Dragagem no canal do Porto de Santos
A Codesp decidiu retomar a dragagem do canal do Porto de Santos durante uma reunião com o Conselho de Administração da Codesp, no dia 8 de junho. Um novo contrato foi firmado com a empresa que já realiza o serviço entre a Ponta da Praia e a Barra.
O contrato com a empresa que fazia a dragagem no canal terminou em fevereiro. Desde essa data, nenhum resíduo tem sido retirado do canal do estuário. Por causa da falta de dragagem, a Capitania dos Portos determinou a redução do calado, que é a parte do navio, que fica dentro da água, de 13,7m para 12,70m.
A mudança interfere na produtividade do Porto de Santos, pois, são necessários mais navios para levar o mesmo volume de carga, o que deixa o transporte mais caro e demorado. Para o consultor portuário Sérgio Aquino, o ideal seria ter um calado de 17 metros.
Fonte: Jornal Floripa