Após um processo de dragagem de manutenção realizado em tempo recorde e sem incidentes ambientais, o Porto de Vitória retoma as manobras-testes para exploração do calado de 12,5m no Canal de Vitória. Na prática, significa que os navios poderão entrar ou sair com maior volume de carga.
O presidente da Codesa, Bruno Fardin, destaca que a retirada da restrição de calado representa enormes ganhos: “A retomada das manobras é uma conquista do time Codesa. Um calado competitivo é a alma de um porto que busca estar entre os melhores”, disse, ao antecipar que ainda serão buscados ganhos extras de calado no canal e nos berços.
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O restabelecimento das condições operacionais consta da Norma de Tráfego e Permanência de Navios e Embarcações no Porto de Vitória (NORMAP I), que é o normativocom o aval da autoridade marítima. As prescrições operacionais que podem ser exploradas em cada um dos berços e canal de acesso do Porto de Vitória e outras condições operacionais referentes à atracação de navios no porto constam da norma.
A retomada das manobras-teste, para exploração do calado de 12,5m no canal de Vitória, potencializa a capacidade operacional do porto e, consequentemente sua competitividade. São estimados ganhos de até 15 mil toneladas de carga geral e granéis e um potencial de 1,5 mil TEUs nos navios de contêiner. Segundo a Codesa, o ganho pode gerar até 10% de redução nos fretes marítimo e até 20% de redução nos custos logísticos via Porto de Vitória.
Os serviços de dragagem do canal de acesso, bacia de evolução e berços de atracação do Porto de Vitória foram realizados pela empresa Van Oord e custaram ao redor de R$ 15 milhões.
A manutenção do Canal teve início em 25/12/2021, tendo encerrado os trabalhos em março de 2022. O volume efetivamente dragado foi de 400 mil metros cúbicos.