uncionários demitidos e associados da cooperativa de manipulação do pescado protestaram contra as demissões no Porto Pesqueiro de Laguna. Os ex-funcionários da terceirizada J.Silva, uma das três empresas prestadoras de serviço do terminal, continuam sem receber explicações. Na tarde da última terça-feira(12), cerca de 250 pessoas se reuniram em frente à empresa, que é administrada pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), para protestar contra as 26 demissões. Por conta da falta de pessoal, o Porto não operou nesse dia.
De acordo com um dos ex-funcionários, que estava há oito anos na empresa, o contrato com a J.Silva era de seis meses, com término previsto para o última dia 9 de abril. Porém, com a proximidade da data, a informação que circulava entre os funcionários era de que o contrato seria renovado, já que os cargos são relacionados aos setores de administração e manutenção. Dessa forma, o porto não teve operação de descarga e abastecimento de gelo nas embarcações no dia de hoje, e deve permanecer assim enquanto não houver reposição nos cargos afetados.
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De São Paulo, a Assessoria de Comunicação Social da Codesp não designou um responsável para dar explicações sobre as demissões, o término do contrato e o fechamento temporário do porto, e emitiu uma nota de esclarecimentos. Em contato com o Porto de Laguna para esclarecimentos, os vigilantes informaram que ninguém poderia falar em nome da empresa, e que os funcionários estariam em reunião.
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) é responsável pela administração do Terminal Pesqueiro Público de Laguna (TPPL),por conta de Convênio de Descentralização de Serviços Portuários celebrado coma Secretaria de Portos (SEP). A Codesp mantém contratos para atender às necessidades de mão de obra de Laguna. Um desses contratos para fornecimento de pessoal administrativo e de manutenção, mantido com a empresa J. Silva, venceu no último dia 9 de abril. Entretanto, como o processo licitatório para contratação de nova empresa está judicializado, a Codesp está adotando todas as providências para revogar o pregão eletrônico e realizar novo certame com maior brevidade possível.
Além dos funcionários diretos, outros setores foram afetados com a parada do porto, como os associados da cooperativa que trabalha com a limpeza dos peixes. Sem a chegada de barcos, eles também ficam sem trabalho. Quem costumava descarregar o pescado em Laguna tem procurado outros portos, para não estragar a mercadoria, como Itajaí e Rio Grande.
Fonte: Diário Catarinense/LARIANE CAGNINI