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Porto precisa planejar ações contra o aumento do nível do mar

As medidas que serão necessárias para evitar os impactos das mudanças climáticas no Porto de Santos devem, obrigatoriamente, passar por um planejamento que vai definir o cenário para os próximos 50 e 100 anos. No entanto, ações consideradas simples, que já podem ser tomadas pela iniciativa privada, são capazes de minimizar futuros problemas. Entre elas, estão as obras de levantamento de cais, além do uso racional de água e energia elétrica. 

O seminário internacional O porto, a cidade de Santos e as adaptações climáticas: como enfrentar os futuros desafios ambientais discutiu o tema, na segunda-feira (24), em Santos. O encontro foi promovido pela projetista e consultora de portos Ramboll Environ, com o apoio da Consultoria, Planejamento e Estudos Ambientais (CPEA), e da Acciona, construtora e gestora global de obras de infraestrutura. 


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“Existem muitas coisas que podem ser feitas no curto prazo. Primeiro, é tomar consciência de que essa é uma coisa que nos impacta e está aí. A segunda é que a engenharia precisa estar preparada para propor novas obras de acordo com esse paradigma futuro de aumento do nível do mar. Tem o levantamento do cais, a questão da estocagem de contêineres e a localização de armazéns, que muitas vezes estão em áreas vulneráveis para esse aumento”, destacou o presidente da Ramboll Environ no Brasil, Eugenio Singer. 

De acordo com o executivo, mesmo diante da escassez de recursos públicos, deve ser iniciado um planejamento urgente. No futuro, esses estudos terão impacto fundamental na competitividade do complexo marítimo. 

“Passando pelo Porto, a gente sabe a quantidade de ações que têm de ser feitas para torná-lo competitivo e proteger a Cidade e o cidadão, mas é possível a gente tomar ações imediatas para evitar esses efeitos danosos contra a questão do aumento do nível do mar, o aumento de temperatura, a falta de água. Isso tudo impacta no custo Brasil e nessa perda de competitividade”, destacou Singer. 

Efeitos

Para Sérgio Pompeia, presidente da CPEA, é preciso conhecer o problema, estudar e saber como as mudanças climáticas afetam a Cidade. “Será que a dragagem tem influência nesse processo? Lógico que tem, mas é uma influência secundária. O que está acontecendo em Santos é a quantidade de chuva, as ressacas e o nível do mar aumentando”, destacou.

Diante desta constatação, é preciso definir quais obras são necessárias para conter os impactos do aumento do nível do mar. “Se você engordar uma praia, vai ganhar território para essa cidade e isso é muito importante, pois a protege e pode garantir ganhos de espaço urbano. Se colocar um dique para proteger determinada região, isso pode ser um tremendo problema ou pode ser uma solução urbana”, explicou Pompeia. 

Para o gerente de Segurança do Trabalho e Sustentabilidade da Acciona, Thiago Cesar Benini, planejar o futuro é uma necessidade urgente e mostra o quanto o Brasil está atrasado em relação aos países mais desenvolvidos. “Tem que ser feito um planejamento integrado já, agora, para pensar daqui a 50, 100 anos, para melhorar a cidade de Santos e chegarmos a um nível em que Estados Unidos e a Europa já estão em Portos”.

Fonte: A Tribuna






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