O Complexo Portuário do Itajaí-Açu, que integra os portos de Itajaí e Navegantes, movimentou no primeiro bimestre deste ano o equivalente a US$ 2,4 bilhões entre importações e exportações, 2% a mais do que no mesmo período no ano passado. O complexo responde hoje pelo maior valor agregado de movimentação portuária no país – em fevereiro, cada quilo de carga que passou pelos terminais locais valia US$ 1,30.
É mais que o dobro do valor agregado nas cargas do Porto de Santos, o maior do Brasil, no mesmo período. Itajaí e Navegantes movimentaram cargas mais caras, o que tem reflexo positivo na cadeia portuária. Cargas que valem mais representam alta no que é cobrado por armazenagem, nos recintos alfandegados, e interferem na arrecadação – principalmente no que diz respeito ao ICMS recolhido pelo Estado.
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Assessor de direção da Superintendência do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz diz que as características das cargas que passam por Itajaí, e os incentivos fiscais oferecidos por SC à rede de comércio exterior, são responsáveis pelo destaque dos terminais em relação ao valor agregado.
Itajaí e Navegantes se especializaram no transporte de contêineres, especialmente as cargas reefer, frigorificadas, que são commodities de alto valor agregado. Madeiras e produtos mecânicos e eletrônicos também estão entre as cargas mais movimentadas pelos terminais. Desde o ano passado, os automóveis ajudaram a alavancar o valor das cargas operadas no Complexo Portuário.
Balanço
As importações correspondem à maior fatia do valor movimentado em Itajaí e Navegantes neste início de ano: US$ 1,4 bilhão. Houve crescimento de 7,2% em janeiro e fevereiro, em comparação com o ano passado. Já as exportações tiveram queda de 4,8% - números que seguem a tendência do ano passado no comércio exterior. Em 2018, as exportações reduziram 13% nos terminais locais. Embargos internacionais a produtos brasileiros como frango, carnes e pescado, tiveram influência nos números. As importações, por outro lado, aumentaram 33%.
Fonte: NSC Total