Terminais paranaenses chegaram a quase 100% no Índice de Eficácia por Balizamento do Centro de Auxílio à Navegação Moraes Rego, da Marinha do Brasil, uma métrica usada para avaliar a segurança no tráfego marítimo em todo o mundo.
Os portos do Paraná chegaram praticamente ao máximo Índice de Eficácia por Balizamento do Centro de Auxílio à Navegação Moraes Rego, da Marinha do Brasil, uma métrica usada para avaliar a segurança no tráfego marítimo em todo o mundo. Os terminais paranaenses ficaram muito próximos de 100% no mês de outubro, cuja a medição foi divulgada nesta semana.
PUBLICIDADE
O Porto da Ponta do Félix, em Antonina, chegou à marca de 100% e o Porto de Paranaguá alcançou 99,85% – nos últimos doze meses, tiveram, respectivamente, eficácia de 96,89% e 99,87%.
Além de verificar a segurança, os valores alcançados apontam as necessidades de ajustes e melhorias. A intenção é garantir que a chegada, a estada e a partida dos navios aconteçam sem contratempos, evitando riscos e prejuízos na operação portuária. “É uma demonstração clara do comprometimento de toda a estrutura portuária com a segurança da navegação e a salvaguarda da vida humana no mar”, destaca o capitão dos Portos do Paraná, capitão de mar e guerra Rogerio Antunes Machado.
Este balizamento é referente ao acesso ao Canal da Galheta e à área de manobras do Porto de Paranaguá, que é de responsabilidade da Capitania dos Portos. “Nossos esforços são para manter o balizamento dento dos padrões de qualidade exigidos, sempre acima dos 95%”, explica oceanógrafo Ricardo Delfim, que trabalha na Diretoria de Engenharia e Manutenção da empresa Portos do Paraná.
Segundo ele, para garantir segurança à navegação, os portos paranaenses oferecem infraestrutura aquaviária adequada às dimensões dos navios que recebem. “Todo porto precisa ter profundidade, sinalização de auxílio à navegação confiável, estruturas de acostagem e amarração apropriadas e publicações náuticas atualizadas, como as cartas náuticas, lista de faróis, serviços de aviso aos navegantes, por exemplo”.
Delfim acrescenta que também é preciso prever condições de operação, normatização e controle, que são as formas de monitorar e organizar o tráfego marítimo. “Um porto eficiente tem normas claras, frota auxiliar adequada, rebocadores e demais apoios portuários, e conhecimento das condições ambientais e variações naturais”, explica.
Para dar mais segurança, a Portos do Paraná investe R$ 403 milhões na dragagem contínua dos canais de acesso, bacias de evolução e berços públicos em Paranaguá e Antonina. A retirada de sedimentos do fundo do mar é essencial para manter a profundidade, já que a região tem assoreamento constante.
Além disso, o canal de entrada e saída dos navios conta com 70 balizas, número projetado pela Marinha para a área. A empresa também faz o mapeamento hidrográfico regular e estuda a contratação de diversos sistemas e serviços que elevarão ainda mais a segurança de navegação. Entre eles estão o monitoramento meteoceanográfico, o monitoramento do tráfego por AIS (transmissores e receptores automáticos que trocam informações a cada minuto) e o acionamento do sistema AIS AtoN, que provêm melhor alcance de identificação e detecção das balizas náuticas em qualquer condição de tempo. Dessa forma, a localização e as condições das balizas náuticas são monitoradas por rádio e comunicadas às embarcações próximas.