A supersafra de grãos gaúcha é puxada pela produção recorde de soja neste ano. O blog irá acompanhar o escoamento do grão, desde colheita nas lavouras, passando pela armazenagem e transporte até o porto de Rio Grande. Serão mostrados os desafios logísticos a serem superados para aumentar a competitividade do agronegócio gaúcho.
Integrantes de uma honrosa exceção no Rio Grande do Sul, produtores rurais com armazéns próprios para estocar a produção conseguem escapar dos picos do mercado de frete na época da colheita. Com espaço para armazenar a safra de soja nas propriedades, os agricultores não precisam colher o grão e encaminhá-lo imediatamente para o porto ou indústrias _ escapando, pelo menos em parte, dos gargalos logísticos nas rodovias e nos portos.
A família Riva, de Tupanciretã, é um exemplo de que cada centavo do investimento de R$ 750 mil para construir dois silos valeu a pena. Com 1,9 mil hectares plantados na Fazenda Santa Cecília, no interior do município com a maior área de soja do Estado, o produtor Anderson Riva vendeu apenas 20% da safra e irá aguardar o melhor momento para comercializar o restante.
_ Armazeno a produção na fazenda agora e consigo maior rentabilidade mais tarde. O preço do frete nessa época mais do que dobra _ conta Anderson.
Propriedade da família Riva possui dois silos para armazenar produção
No país, somente 16% das fazendas têm armazéns. Nos Estados Unidos, o percentual é de 65%. No Rio Grande do Sul, apenas 10% da safra de soja é armazenada em silos próprios de produtores, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O restante é encaminhado para cooperativas e cerealistas.
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