O Porto de Santos trabalha para continuar expandindo suas atividades. Neste contexto, receber grandes embarcações faz parte do processo de desenvolvimento, já que, com a atracação de cargueiros de maior porte, o cais santista poderá aumentar sua movimentação de cargas. Mas, para que isso aconteça, todos os esforços são concentrados nas obras de dragagem, que possibilitam o aprofundamento e a manutenção das profundidades e, consequentemente, das dimensões de calado (distância vertical da parte do navio que permanece submersa).
Este trabalho de aprofundamento e manutenção é feito por dragas, projetadas especificamente para essa tarefa. Atualmente, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), funcionam dois equipamentos no complexo santista. Um deles realiza as obras nos berços de atracação e outro atua no aprofundamento do canal de navegação.
Nos berços de atracação, é utilizada a draga da Dratec Engenharia, que é uma embarcação de menor porte e estática. Ela precisa de uma outra embarcação para ser levada até o local do serviço, além do acompanhamento de um batelão (embarcação que recebe os sedimentos coletados e os transporta até o local de descarte).
Este tipo de draga é especifica para trabalho de precisão, em espaços menores, como os berços. Ela atua dragando exatamente os pontos de maior concentração de sedimentos.
Já no canal de navegação do cais santista, é utilizada a draga Lelystad, da Van Oord Operações Marítimas. O equipamento é classificado como de sucção auto-transportadora. Isto significa dizer que ela não precisa de uma embarcação de apoio, já que possui um tanque onde são colocados os sedimentos retirados.
Além disso, o equipamento realiza a dragagem em movimento, sem a necessidade de outra embarcação para transporte. A Lelystad draga mais rápido, por conta de seu tamanho e potência. Ela é utilizada, principalmente em áreas abertas, já que realiza o trabalho em movimento para não atrapalhar o tráfego de outras embarcações.
A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) pretende retomar, na próxima quinta-feira, a licitação para um novo serviço de dragagem do canal do Porto de Santos. A obra prevê o aumento da profundidade do canal de navegação e das bacias de acesso aos berços de atracação, de 15 metros, em média, para 15,4 e 15,7. Já os locais de atracação ficarão com uma fundura variando de 7,6 a 15,7 metros. Segundo a Codesp, uma nova draga deve ser utilizada neste serviço.
Fonte:A Tribuna On-line/Leandro Maia
PUBLICIDADE