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Santos Brasil reverte lucro em prejuízo de R$ 10,6 milhões no 3º tri

A Santos Brasil, maior operadora brasileira de terminais portuários de contêineres, registrou prejuízo de R$ 10,6 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 16,2 milhões na mesma base de 2014.

Segundo o balanço divulgado nesta quarta-feira à noite, o resultado foi impactado pelo diferente mix de perfil de serviços, com maior participação de operações de transbordo, cujas cargas pagam menos do que as cargas de importação e exportação; redução do número de contêineres armazenados; e aumento das despesas financeiras como resultado da variação cambial no período. O lucro líquido acumulado no ano caiu 86,2%, para R$ 10,1 milhões, ou R$ 0,08 por unit equivalente.


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A receita líquida consolidada da Santos Brasil caiu 9,5%, para R$ 225,1 milhões no terceiro trimestre, segundo dados divulgados nesta quarta-feira. A variação negativa reflete o perfil de rentabilidade das operações de cais.

A despeito de os volumes de contêineres movimentados terem crescido, houve um aprofundamento da mudança do mix de serviços prestados no Tecon Santos, o terminal da companhia em Santos. Desde o aumento da capacidade no porto, com a entrada de novos terminais, a Santos Brasil passou a movimentar mais contêineres de transbordo, que pagam menos.

Já a receita líquida recorrente no trimestre foi de R$ 226,7 milhões, 8,8% abaixo da registrada em 2014. A receita líquida recorrente acumulada nos primeiros nove meses do ano foi de R$ 686,7 milhões, com redução de 13,2% em relação à apresentada no mesmo período do ano passado.

Segundo o balanço da empresa, os resultados do trimestre apresentaram eventos “extraordinários” com impacto no Ebitda e na margem Ebitda. A empresa sustenta que quando ajustado por eventos “não recorrentes”, como créditos de clientes referentes a exercícios anteriores; provisão para créditos de liquidação duvidosa; receita não operacional gerada com a cessão do direito de compra de energia elétrica, o Ebitda recorrente registrado foi de R$ 44,7 milhões (com margem de 19,7%), o que dá uma redução de 42,5%.

Movimentação

A Santos Brasil aumentou em 3,5% a movimentação de contêineres no terceiro trimestre. Os três terminais de contêineres operados pela companhia (Tecon Santos, Tecon Imbituba e Tecon Vila do Conde) movimentaram 235,8 mil contêineres no período, mas tiveram uma redução acumulada de 8,9% no ano.

O crescimento no trimestre é resultado do aumento de 4,4% no total de contêineres movimentados pela no Tecon Santos, o maior ativo da companhia e maior terminal de contêineres do país. Segundo a empresa, o aumento no volume de cargas reflete os ajustes das linhas de navegação que se iniciaram após o aumento de capacidade do porto observado em agosto de 2013.

Em junho e agosto de 2015 o Tecon Santos passou a receber dois novos serviços de navegação que atuam nas rotas para a costa oeste da América do Sul e para a África, respectivamente. O volume dos novos serviços de navegação contribuiu para o nível de 33,1% de participação no mercado de contêineres no porto de Santos no trimestre, ante 32,5% de fatia na mesma base de 2014. Contudo, 1,8 ponto percentual abaixo do market share registrado no segundo trimestre deste ano.

Receita e despesa

A queda da receita e o aumento das despesas pesaram no prejuízo que a Santos Brasil teve no terceiro trimestre. Os custos consolidados dos serviços prestados pela empresa aumentaram 1,5% no trimestre, fechando em R$ 181,4 milhões. O que mais pesou foi a operação portuária de contêineres (a empresa tem ainda um terminal de veículos e um braço de logística).

Refletindo o aumento do volume de contêineres movimentados pelo Tecon Santos, os custos da companhia no setor cresceram 5,1%, para R$ 134,6 milhões. O custo médio (excluindo depreciação e amortização) por contêiner movimentado/armazenado foi de R$ 411,75, aumento de 3,1% ante os R$ 399,42 na mesma base de 2014.

Esse aumento unitário é resultado da redução do volume de contêineres armazenados e da consequente redução da economia de escala.

Outro item que pesou foi o custo com movimentação, que cresceu 10%. Isso é resultado do aumento do número de contêineres cheios movimentados no porto de Santos e do reajuste, ocorrido em maio de 2015, das tarifas pagas pelo Tecon Santos à administradora portuária, a Codesp. A taxa pelo uso do canal de navegação passou de R$ 43,54 para R$ 57,34 por contêiner cheio, um aumento de 31,7%. Os custos com pessoal também subiram, em 14,2%.

Fonte: Valor Econômico/Fernanda Pires






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